Luísa Marilac denuncia transfobia na Bienal do Livro de São Paulo
“Lugar mais transfóbico que existe na face da terra”, disse a youtuber, após ser alvo de piadas ao lado da amiga Monique
atualizado
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Luisa Marilac usou as redes sociais para desabafar sobre ataques sofridos durante a realização da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A youtuber, conhecida pelo meme “Acharam que eu estava na pior?”, afirmou ter sido alvo de piadas transfóbicas durante sua participação no evento, que teve como objetivo divulgar seu livro Eu, Travesti.
“Este lugar é o lugar mais transfóbico que existe na face da terra. Vocês não têm noção o quanto a gente foi debochada, as pessoas apontam, duas meninas vieram andar do nosso lado, tirando sarro, então está aqui a minha indignação. Teve casos que eu falei com a Monique ‘vamos ignorar, porque se a gente for brigar com todo mundo que a gente encontra, vai ficar chato’”, lamentou ela.
Bastante abalada, Luisa revelou que gostaria de se mudar do Brasil, que é considerado um dos países mais perigosos para pessoas transexuais viverem. “Tomei uma decisão. Vou ver se eu consigo asilo político fora do Brasil. Não quero mais ficar no Brasil. Tenho 44 anos, já lutei muito por essa minoria, por essa causa. Agora estou numa fase da minha vida que eu preciso de paz, de ter qualidade de vida, tô cheia de problemas de saúde, depois dos 40 apareceu pressão, tenho que cuidar de mim agora”, desabafou a artista.
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Em resposta, o perfil da Bienal de São Paulo deixou uma mensagem no perfil da influenciadora repudiando os acontecimentos expostos pela ativista LGBTI+. “Tomamos conhecimento do que aconteceu durante sua visita na Bienal Internacional do Livro de SP. Nos solidarizamos com você e com a Monique e ressaltamos que a Bienal tem por sua essência ser um espaço de máximo respeito às diferenças. Nossa programação é sempre pensada para garantir diversidade e inclusão sem nenhum espaço para qualquer tipo de preconceito e discriminação. Os nossos espaços estarão sempre abertos para as pessoas LGBTQIA+”, diz o comunicado.
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