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Toni Morrison: conheça obras de 8 importantes escritoras não-brancas

Morte da vencedora do Nobel de literatura deixa lacuna na literatura universal

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Toni Morrison
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Toni Morrison, a primeira e única escritora negra a ganhar um prêmio Nobel de literatura, faleceu na terça-feira (06/08/2019), aos 88 anos de idade. Seu legado, no entanto, se estende além dos livros publicados. Ela publicou 11 livros, incluindo Amada, ganhador do Pulitzer de ficção do ano de 1988.

Anos atrás, pós a publicação de Amada, mais de 20 escritoras negras, incluindo Maya Angelou e Alice Walker, enviaram uma carta ao New York Times protestando pelo fato de que Morrison ainda não havia ganhado os prêmios Pulitzer ou National Book Award. De acordo com elas, a escrita da colega havia “avançado os padrões morais e artísticos pelos quais (a sociedade) media a audacidade e o amor pela imaginação nacional e inteligência coletiva”.

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<b>Dra. Maya Angelou</b>. Outra grande autora <a href="https://www.youtube.com/watch?v=1_fzMa6nHcA" target="_blank" rel="noopener">influenciada</a> pela obra de Toni Morrison também conseguiu forjar seu próprio caminho como escritora. Amiga de figuras como Martin Luther King Jr. e Malcolm X, ela é mais conhecida pelos seus trabalhos autobiográficos, como <a href="https://www.amazon.com.br/sei-p%C3%A1ssaro-canta-gaiola-Autobiografia-ebook/dp/B07JP2W5RC?tag=goog0ef-20&smid=A18CNA8NWQSYHH&ascsubtag=go_1686871380_65779544836_327582895583_pla-582849544228_c_" target="_blank" rel="noopener">Eu Sei Por que o Pássaro Canta na Gaiola</a> e <a href="https://www.amazon.com/Gods-Children-Need-Traveling-Shoes/dp/067973404X" target="_blank" rel="noopener">All God's Children Need Traveling Shoes</a>. Além disso, ganhou a Medalha Nacional de Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade por seus esforços como ativista
<b>Tayari Jones</b>. Autora de quatro livros e professora de escrita criativa na Emory University, ela teve seu livro mais recente, <a href="https://www.amazon.com.br/Um-casamento-americano-Tayari-Jones/dp/8580419468" target="_blank" rel="noopener">Um Casamento Americano</a>, recomendado por figuras como Barack Obama e Oprah Winfrey. O título conta a história de Celestial e Roy, recém-casados, e a personificação do Sonho Americano e o "Novo Sul". Embora suas vidas pareçam perfeitas, Roy é preso por um crime que Celestial sabe que ele não cometeu. Celestial então é dominada pelo desamparo, apesar de ser impetuosa e independente, e busca conforto nos braços de um amigo de infância. No entanto, a condenação de Roy é anulada repentinamente após cinco anos e os três devem lidar com o passado enquanto seguem em direção ao futuro
<b>Jung Yun</b>. A escritora coreana teve seu primeiro romance publicado, <a href="https://www.amazon.com/gp/product/1250118093?imprToken=pC2dVHxDzrJcOjMTohKykg&slotNum=22&ie=UTF8&tag=bustle5054-20&camp=1789&linkCode=xm2&creativeASIN=1250118093" target="_blank" rel="noopener">Shelter</a>, recomendado por veículos como New York Times, New Yorker e Los Angeles Times. A trama segue Kyung Cho, um jovem pai que passa por problemas financeiros. Embora tenha vivido alienado dos pais durante anos, ele e sua esposa, Gillian, devem acolhê-los após um ato violento os forçar a sair de seu lar luxuoso. Pela primeira vez em anos, os Chos se encontram debaixo do mesmo teto, e tensões aumentam com a proximidade dos pais de Kyung. Sentimentos reprimidos de culpa e raiva tomam conta da mente de Kyung, assim como a pergunta: como ele pode ser um bom marido, pai e filho se ele nunca conheceu afeto quando criança?
<b>Miriam Alves</b>. Poeta, dramaturga e prosadora, Alves publicou cinco livros, incluindo <a href="https://www.amazon.com.br/Mulher-Matriz-MIRIAM-ALVES/dp/8561191589" target="_blank" rel="noopener">Mulher Mat(r)iz</a>. O livro é uma reunião de vários trabalhos publicados ao longo de 23 anos de sua vida literária. Através deles, Miriam revela o universo da mulher afrobrasileira em suas várias possibilidades vivencial-afetivas. Ela também se tornou escritora visitante na Universidade do Novo México e atravessou os Estados Unidos fazendo palestras sobre a literatura afrobrasileira e feminina
<b>Carolina de Jesus</b>. Uma das mais importantes escritoras brasileiras, Carolina é mais conhecida pelo seu livro <a href="https://www.amazon.com/Quarto-Despejo-%E2%80%A1rio-Uma-Favelada/dp/8508171277/ref=sr_1_1?keywords=quarto+de+despejo&qid=1565129713&s=books&sr=1-1" target="_blank" rel="noopener">Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada</a>, publicado em 1960. Em apenas uma semana, a obra vendeu a tiragem inicial de dez mil exemplares. O livro relata o cotidiano da vida na favela, com linguagem simples que age de forma autobiográfica sobre a vida da autora. Ele ainda foi traduzido para 14 línguas estrangeiras, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior
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Jhumpa Lahiri. Novelista vencedora do Prêmio Pulitzer de 2000, Lahiri é uma escritora inglesa naturalizada norte-americana e filha de indianos. Após publicar a premiada coletânea de contos The Interpreter of Maladies, ela decidiu mudar-se para Roma e começar a escrever em italiano. Além disso, decidiu registrar o processo de mudança em seu livro de não-ficção In Other Words, no qual ela pondera o processo de se expressar em outra língua e a jornada de uma escritora buscando uma nova voz

Venturelli/GC Images
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Dra. Maya Angelou. Outra grande autora influenciada pela obra de Toni Morrison também conseguiu forjar seu próprio caminho como escritora. Amiga de figuras como Martin Luther King Jr. e Malcolm X, ela é mais conhecida pelos seus trabalhos autobiográficos, como Eu Sei Por que o Pássaro Canta na Gaiola e All God's Children Need Traveling Shoes. Além disso, ganhou a Medalha Nacional de Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade por seus esforços como ativista

Larry Morris/The Washington Post via Getty Images
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Tayari Jones. Autora de quatro livros e professora de escrita criativa na Emory University, ela teve seu livro mais recente, Um Casamento Americano, recomendado por figuras como Barack Obama e Oprah Winfrey. O título conta a história de Celestial e Roy, recém-casados, e a personificação do Sonho Americano e o "Novo Sul". Embora suas vidas pareçam perfeitas, Roy é preso por um crime que Celestial sabe que ele não cometeu. Celestial então é dominada pelo desamparo, apesar de ser impetuosa e independente, e busca conforto nos braços de um amigo de infância. No entanto, a condenação de Roy é anulada repentinamente após cinco anos e os três devem lidar com o passado enquanto seguem em direção ao futuro

Jared Siskin/Patrick McMullan via Getty Images
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Jung Yun. A escritora coreana teve seu primeiro romance publicado, Shelter, recomendado por veículos como New York Times, New Yorker e Los Angeles Times. A trama segue Kyung Cho, um jovem pai que passa por problemas financeiros. Embora tenha vivido alienado dos pais durante anos, ele e sua esposa, Gillian, devem acolhê-los após um ato violento os forçar a sair de seu lar luxuoso. Pela primeira vez em anos, os Chos se encontram debaixo do mesmo teto, e tensões aumentam com a proximidade dos pais de Kyung. Sentimentos reprimidos de culpa e raiva tomam conta da mente de Kyung, assim como a pergunta: como ele pode ser um bom marido, pai e filho se ele nunca conheceu afeto quando criança?

Stephanie Craig/Divulgação
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Miriam Alves. Poeta, dramaturga e prosadora, Alves publicou cinco livros, incluindo Mulher Mat(r)iz. O livro é uma reunião de vários trabalhos publicados ao longo de 23 anos de sua vida literária. Através deles, Miriam revela o universo da mulher afrobrasileira em suas várias possibilidades vivencial-afetivas. Ela também se tornou escritora visitante na Universidade do Novo México e atravessou os Estados Unidos fazendo palestras sobre a literatura afrobrasileira e feminina

Divulgação
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Carolina de Jesus. Uma das mais importantes escritoras brasileiras, Carolina é mais conhecida pelo seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Em apenas uma semana, a obra vendeu a tiragem inicial de dez mil exemplares. O livro relata o cotidiano da vida na favela, com linguagem simples que age de forma autobiográfica sobre a vida da autora. Ele ainda foi traduzido para 14 línguas estrangeiras, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior

Arquivo Pessoal
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Loung Ung. Ativista dos direitos humanos e palestrante, a escritora cambojana publicou sua primeira autobiografia, Primeiro Mataram Meu Pai, em 2000. O livro detalha sua experiência no Camboja de 1975 a 1980. Filha de um oficial de alto escalão do governo, Ung teve uma vida privilegiada na capital, Phnom Penh, até os cinco anos de idade. No entanto, em 1974, o ditador Pol Pot assumiu o poder e liderou um dos regimes mais violentos da história: o Khmer Vermelho. O exército invadiu a cidade, obrigando a família da escritora a fugir e se separar. Enquanto ela se torna uma criança-soldado, seus irmãos passam a viver em um campo de trabalhos forçados

Christopher Polk/Getty Images for AFI
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Park Yeon-mi. Outra ativista de direitos humanos, Yeon-mi tem apenas 25 anos, mas já é conhecida mundo afora por escapar da Coreia do Norte através da China em 2007. Estabeleceu-se na Coreia do Sul em 2009. Vinda de uma família com conexão política que se envolveu no mercado negro durante o colapso econômico da Coreia do Norte nos anos 1990, ela escapou após seu pai ser enviado a um campo de trabalho forçado por causa do contrabando. Yeon-mi e sua mãe, no entanto, caíram nas mãos de traficantes de seres humanos antes de conseguir escapar para a Mongólia. Sua autobiografia, In Order to Live: A North Korean Girl's Journey to Freedom, publicada em 2015, revela os detalhes mais íntimos e devastadores de sua fuga

Nicholas Hunt/Getty Images for Tory Burch Foundation

Essas, no entanto, não foram as únicas escritoras não-brancas a serem influenciadas pelo trabalho de Morrison. Tayari Jones, autora de Um Casamento Americano, explicou a influência de Morrison em sua vida em uma entrevista ao The Guardian, em 2019.

“Posso dividir minha vida (em duas partes): antes e depois de Amada, de Toni Morrison”, explica. “Tinha cerca de 19 anos quando o li. Odiava usar uma palavra tão fria para uma experiência que foi tão espiritual, emocional e intelectual, mas Amada me fez sentir contextualizada. Esta é a única forma que consigo explicar”.

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