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Sete livros escritos por autoras pretas para começar a ler imediatamente

O Metrópoles separou algumas obras importantes criadas por mulheres afrodescendentes

atualizado

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1 de 1 mulher - Foto: Divulgação

As vendas de autoras pretas tiveram um salto em junho após os protestos comandado pelo Black Lives Matters nos Estados Unidos. Na primeira semana de junho, logo após o assassinato de George Floyd, o Pequeno Manual Antirracista de Djamila Ribeiro vendeu mais de 3 mil exemplares, um crescimento de 184% em relação à semana anterior.

O Metrópoles separou alguns livros importantes escrito por mulheres afrodescendentes. A seleção tem clássicos e nova autoras. Ensaios, teses e ficção. Não espere um segundo e comece a lê-los imediatamente.

Quarto de Despejo – Diário de uma favelada, de Carolina de Jesus, por R$ 44,91
O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.

Quem Tem Medo do Feminismo Negro?, de Djamila Ribeiro, por R$ 17,40
O livro reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível.

Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis, por R$43,20
Esta é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Além disso, a autora mostra a necessidade da não hierarquização das opressões, ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para possibilitar um novo modelo de sociedade. Davis apresenta o debate sobre o abolicionismo penal como imprescindível para o enfrentamento do racismo institucional.

Não. Ele Não Está, de Maíra Deus de Brito, por R$ 22
O livro denuncia o genocídio da população negra a partir da sua principal vertente: o extermínio da juventude negra. A obra inova ao analisar o extermínio na perspectiva das mães que perderam os filhos assassinados, expondo as percepções delas sobre a influência da raça, do gênero e da classe nessas mortes.

O percurso da pesquisa tem início no trabalho de campo, desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro. Na sequência, o leitor conhecerá a trajetória dessas mães, com informações sobre a família, a vida profissional, os afetos e a vida após a morte dos seus filhos. Por fim, surgem as impressões sobre racismo, preconceito de classe e branquitude.

Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola, de Maya Angelou, por R$ R$31,21
A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.

Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie, por R$45,40
Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se da Nigéria para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze.

Olhos D’Agua, de Conceição Evaristo, por R$ R$22,40
Neste livro, a autora ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na “frágil vara” que, lemos no conto “O Cooper de Cida”, é a “corda bamba do tempo”.

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