Seis ótimos livros para ler e relaxar
Metrópoles elencou obras aclamadas pela crítica e que estão entre os mais vendidos da Amazon
atualizado
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Em um ano em que fomos mais expostos que nunca às telas — sejam elas do celular, do computador ou da tevê — relatos de pessoas saturadas de conteúdos e interações digitais têm se tornado comuns. Nessas horas, em que nem a Netflix gera empolgação, vale apelar a um dos truques mais antigos para dar uma pausa e relaxar: escolher um livro com uma boa história e se jogar.
Para te ajudar a escolher um título, o Metrópoles elenca, abaixo, seis obras aclamadas pela crítica e que estão entre os mais vendidos da Amazon. Boa leitura!
A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante
Uma das maiores vozes da literatura contemporânea, Elena Ferrante, cuja identidade permanece em segredo, está de volta com seu primeiro romance em cinco anos. Na obra, que chegou ao Brasil em setembro, com a promessa de virar série da Netflix, a autora narra as dúvidas existentes na transição para a adolescência, os conflitos familiares e as paixões da protagonista, Giovana.
A história ganha forma quando a menina entreouve seu pai comparando-a à Vitoria, mulher descrita pela família como alguém cuja feiura e maldade coincidiam perfeitamente. É o comentário do pai, a pessoa que Giovanna mais amava, que a faz perceber pela primeira vez que os adultos escondem segredos inomináveis.
Torto Arado, de Itamar Vieira Junior
Na narrativa, situada nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas ― a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção.
Sobre os Ossos dos Mortos , de Olga Tokarczuk
Sobre os Ossos dos Mortos parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. “Uma das grandes vozes humanistas da Europa”, segundo o jornal The Guardian, Olga Tokarczuk oferece um romance subversivo e macabro sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.
A Casa Holandesa, de Ann Patchett
Após a morte do pai, Danny e Maeve, ainda jovens, ficam sob a tutela da madrasta, que os expulsa de casa. Jogados à própria sorte, os irmãos apoiam-se em seu vínculo inabalável para sobreviver. Ao longo de cinco décadas, os dois criam o hábito de visitar regularmente a casa em que cresceram, sempre à distância, rememorando com bom humor e raiva seu relato de perda e humilhação, conduzindo o leitor por todos os eventos que provocaram o colapso da família Conroy.
Emocionante e repleto de reviravoltas, A Casa Holandesa questiona como podemos superar o passado quando somos obrigados a confrontar quem nos abandonou.
O livro foi finalista do prêmio Pulitzer 2020 e chegou no Brasil em agosto.
Herdeiras do Mar, de Mary Lynn Bacht,
A história comovente e desconhecida das mulheres coreanas na Segunda Guerra Mundial ganha vida neste romance sensível sobre duas irmãs e um amor capaz de atravessar gerações.
Nele, Hana é uma mulher independente e corajosa, e não há ninguém no mundo que a protagonista ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais nova. É justamente para salvá-la de um destino cruel que Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria.
A Segunda Guerra estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de adolescentes coreanas, Hana se torna uma “mulher de consolo”: com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra.
A Tensão Superficial do Tempo
A trama de A Tensão Superficial do Tempo, do escritor catarinense Cristovão Tezza, se passa em setembro de 2019. Ao longo de 272 páginas, o leitor acompanha cerca de 30 minutos da vida de Cândido, um professor de química especialista em piratear filmes na internet que está sentado em um banco de um parque em Curitiba. Amargurado, ele sofre uma crise pessoal provocada pelo fim amargo de seu casamento. E, ao tentar unir os fios desencontrados que o levaram a tal condição estanque, Cândido reconstrói, diante do leitor, naquela meia hora, a própria história.