Saiba quem é o autor que se passou por Cunha em livro sobre cadeia
A obra seria publicada no dia 27 de março pela editora Record, porém, a Justiça do Rio de Janeiro proibiu o lançamento
atualizado
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A editora Record, por conta de processo judicial, foi obrigada a revelar o autor do livro “Diário de Cadeia”, que romanceou o cotidiano de Eduardo Cunha na prisão. Trata-se de Ricardo Lísias, escritor paulista que lançou obras como “O Céu dos Suicidas” (2012) e “Anna O. e Outras Novelas” (2007).
A obra seria publicada no dia 27 de março, porém, a Justiça do Rio de Janeiro proibiu a venda do livro, aplicando uma multa de R$ 400 mil por dia e a “identificação imediata do autor desconhecido”.
O escritor é conhecido por criar personagens dentro da literatura que se assemelham com a realidade. Em “Divórcio” (2013), o personagem principal encontra e lê o diário de sua esposa, uma jornalista. Alguns fatos relatados no caderno pessoal da mulher se assemelham a casos polêmicos e reais da imprensa nacional, embora o autor não cite nomes.De acordo com a Folha de S. Paulo, a ideia de produzir um livro com autor anônimo partiu do escritor. Consagrado na literatura nacional, Lísias ganhou o Prêmio Oceanos em 2007, chegando a ser finalista do Prêmio Jabuti em 2008 e do Prêmio São Paulo de Literatura em 2010.
Obra
Na trama do livro “Diário de Cadeia”, especula-se sobre a rotina de Eduardo Cunha dentro da prisão de Curitiba (PR). Repleto de citações bíblicas, o livro é, na verdade, uma grande sátira sobre o ex-deputado, que já foi eleito como um dos piores presos da Operação Lava Jato pelos carcereiros.
A narrativa é intercalada entre o dia a dia do político na cadeia, supostos trechos da obra “original” de Cunha e suas reações quando descobre que escreveram um livro usando seu nome. Na obra, ele afirma que é Dilma quem está por trás dessa história.