Morre Gumercindo Rocha Dorea, pai da ficção científica no Brasil
Editor também foi responsável por descobrir escritores célebres como Rubem Fonseca, Nélida Piñon e Gerardo Melo Mourão
atualizado
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Pioneiro na divulgação da literatura de ficção científica no Brasil, o editor, jornalista e escritor Gumercindo Rocha Dorea faleceu neste domingo (21/2) aos 96 anos, por complicações decorrentes de um tratamento de um câncer.
Chamado de “quixotesco” por amigos e inimigos, o sergipano ficou conhecido por ter lançado escritores importantes para a segunda metade do século XX – como Rubem Fonseca, Nélida Piñon e o premiado poeta Gerardo Melo Mourão.
Sem o seu trabalho no início dos anos 1960, a primeira onda da ficção científica brasileira, um período de grande referência na história do gênero no Brasil, poderia não ter acontecido.
Entre as várias honrarias que recebeu ao longo da vida, estão um prêmio especial entregue na Fantasticon 2011, uma convenção de fãs, e o título de Personalidade do Ano pelos editores do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica no mesmo ano.
Em 2017, recebeu moção de aplausos na Câmara Municipal de Niterói (RJ) pelo trabalho realizado na divulgação e valorização de novos autores, além da popularização do gênero literário.
O velório de Gumercindo será realizado à tarde, das 12h30 e 14h30, no Memorial Parque Paulista, onde o corpo será sepultado em seguida.