Morre a escritora e ativista bell hooks aos 69 anos
Ao longo da vida, norte-americana escreveu dezenas livros sobre raça, gênero, classe e relações sociais opressivas
atualizado
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A escritora e ativista Gloria Jean Watkins, mais conhecida pelo pseudônimo bell hooks, morreu nesta quarta-feira (15/11) aos 69 anos. A informação foi confirmada pela família em comunicado. “A autora, professora, crítica e feminista fez sua transição cedo, de casa, rodeada de familiares e amigos”, diz o texto.
.Hooks nasceu em 1952 em Hopkinsville, uma cidade rural do estado de Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Estudou em uma escola pública para negros, já que a segregação era regra na época. Na adolescência, quando passou para uma escola convencional, sofreu discriminação tanto os professores quanto dos alunos, majoritariamente brancos.
Formou-se em literatura inglesa na Universidade de Stanford, fez mestrado na Universidade de Wisconsin e doutorado na Universidade da Califórnia. Seus principais estudos estão dirigidos à discussão sobre raça, gênero e classe e às relações sociais opressivas, com ênfase em temas como arte, história, feminismo, educação e mídia de massas.
Durante a faculdade, Bell começou a escrever seu primeiro livro, Eu Não Sou Uma Mulher, publicado em 1981. Onze anos depois, o site Publishers Weekly, especialista no ramo de publicação literária, o avaliou como um dos vinte livros mais influentes escritos por mulheres. Ao longo da carreira ela assinou pelo menos 40 livros, publicados em 15 idiomas diferentes.