Mauricio de Sousa celebra debate sobre quadrinhos após derrota na ABL
Após o filólogo Ricardo Cavaliere vencer a disputa pela cadeira 8 da ABL, Mauricio de Sousa falou sobre o resultado da votação
atualizado
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Mauricio de Sousa era um dos candidatos para a cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL), mas viu Ricardo Cavaliere ficar com a vaga. Logo após o resultado, o escritor e desenhista falou sobre o sentimento de não ter conquistado o objetivo.
“Quero parabenizar o novo acadêmico Ricardo Cavalieri por sua entrada na ABL. Nesse processo, todos que amam quadrinhos, eu incluído, ganhamos quando tanto se discutiu sobre a importância dos quadrinhos, seu papel fundamental na formação de leitores e como eles podem contribuir, de diversas formas, com a literatura”, afirmou.
O criador da Turma da Mônica também agredeceu aos votos recebidos na campanha e ao apoio de escritores e amigos pela candidatura. “Continuarei nesta ideia de trabalhar e aprender com os acadêmicos, assim como vem acontecendo na Academia Paulista de Letras”, disse.
Disputa pela vaga
Mauricio de Sousa foi provocado pelo jornalista James Akel por conta da disputa pela cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em entrevista para a Veja, o jornalista disse que “gibi não é literatura.”
O escritor, então, respondeu a provocação e afirmou que não ficou abalado com a crítica e se sentiu feliz com a repercussão positiva do caso, indo de encontro com o depoimento após o resultado final.
“Quadrinhos são revolucionários porque ficam entre a literatura e as artes gráficas. Eisner [Will Eisner, quadrinista norte-americano] me fez sentir que a linguagem dos quadrinhos é uma revolução de ideias. E com os quadrinhos tudo é possível.”