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Jurista Joaquim Falcão é o novo imortal da ABL

Professor de direito se une ao poeta Antonio Cicero, ao historiador Arno Wehling e ao escritor João Almino, integrantes recentes da Academia

atualizado

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Estadão Conteúdo
Joaquim Falcão
1 de 1 Joaquim Falcão - Foto: Estadão Conteúdo

A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu na tarde desta quinta-feira (19) o jurista Joaquim Falcão para a cadeira do escritor Carlos Heitor Cony, morto em janeiro, aos 92 anos.

Participaram da eleição 24 acadêmicos presentes e 11 por cartas. Quatro imortais não votaram por motivo de saúde e outros três votaram em branco. Entre os últimos eleitos estão o poeta Antonio Cicero, o historiador Arno Wehling e o escritor João Almino.

Professor de Direito da FGV-RJ, da qual foi um dos criadores, Joaquim Falcão, de 74 anos, nasceu no Rio de Janeiro. Trabalhou com Gilberto Freyre, que o convidou para criar, na Fundação Joaquim Nabuco, o Departamento de Ciência Política. Organizou, com Rosa Maria Araújo, o livro O Imperador das Ideias (Topbooks, 2010), sobre as disputas de Freyre com a USP.

Chefiou o gabinete do Ministro da Justiça Fernando Lyra e foi indicado pelo Presidente José Sarney para a Comissão Provisória de Estudos Constitucionais, a Comissão Afonso Arinos. Foi conselheiro representante da sociedade civil na primeira gestão do Conselho Nacional de Justiça. Foi presidente da Fundação Nacional Pró-Memória do Ministério da Cultura, então liderado por Celso Furtado. Antes, tinha trabalhado com Aloísio Magalhães e o ministro da Educação, Cultura e Desportos Eduardo Portella, na modernização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Nos anos 1990, dirigiu a Fundação Roberto Marinho e criou o Telecurso 2000, o Globo Ecologia, com Cláudio e Elza Savaget, e o Canal Futura, com Roberto de Oliveira. Além disso, Falcão foi conselheiro da Comunidade Solidária e colaborador de diversos jornais do país. Na área jurídica, especializou-se no Supremo Tribunal Federal.

Entre seus livros estão Democracia, Direito e Terceiro Setor (Editora FGV), A Favor da Democracia (Massangana/Bagaço – Pernambuco), Mensalão – Diário de um Julgamento: Supremo, Mídia e Opinião Pública (Elsevier), O Supremo (Edições de Janeiro), Onze Supremos (Letramento), Impeachment de Dilma Rousseff: Entre o Congresso e o Supremo (Letramento), Os Advogados: Ensino Jurídico e Mercado de Trabalho (Massangana) e Quase Todos (Editora FGV). Falcão lança, em breve, a obra Supremo Criminal.

O jurista é ainda vice-presidente do Instituto Cultural Itaú, conselheiro da Fundação do Câncer, conselheiro da Fundação Bienal de São Paulo, membro do Instituto dos Advogados do Brasil, conselheiro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro da Ordem dos Advogados do Brasil e Conselheiro da Transparência Internacional.

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