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Estreia de Bill Clinton na ficção é romance policial ágil e envolvente

A obra, assinada com James Patterson, trata de temas como ciberterrorismo e geopolítica

atualizado

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Annual Charity Day Hosted By Cantor Fitzgerald, BGC and GFI – Cantor Fitzgerald Office – Arrivals
1 de 1 Annual Charity Day Hosted By Cantor Fitzgerald, BGC and GFI – Cantor Fitzgerald Office – Arrivals - Foto: Presley Ann/Getty Images

O salão oval da Casa Branca é um dos locais mais representados na cultura pop: cinema, televisão e literatura já retrataram conchavos e intrigas do principal posto dos Estados Unidos. O Dia Em Que o Presidente Desapareceu (Ed. Record) é o mais novo integrante desse universo, porém, com um baita diferencial: autoria de Bill Clinton em parceria com James Patterson.

A presença de Bill Clinton, que faz sua estreia no mundo da ficção, dá dois pesos à obra. Primeiro, é inegável a credibilidade dada pelo ex-presidente ao retratar os meandros da política norte-americana. Em seguida, fica difícil desassociar as críticas presentes no livro da visão de mundo do político.

A trama de O Dia Em Que o Presidente Desapareceu é um autêntico thriller: leitura ágil, rápida e cercada de reviravoltas. O presidente Jonathan Lincoln Duncan tem de lidar com uma grande ameaça de ciberterrorismo feita por Suliman Cindoruk, líder do Filhos da Jirad. Não se espante caso, em breve, essa produção chegar aos cinemas.

Clinton e Patterson abordam um problema real de nossa era: talvez as ameaças terroristas não se foquem mais em explodir carros-bombas e passem a atacar as redes de informação. No cenário apocalíptico enfrentado por Duncan, os Filhos da Jirad pretendem instalar um vírus capaz de inutilizar todos os computadores dos EUA.

Gilbert Carrasquillo/Getty Images
James Patterson e Bill Clinton: parceiros literários

 

Egotrip
O Dia Em Que o Presidente Desapareceu ganha muito mais repercussão pelo nome de Clinton entre os autores. Não é grande literatura, mas, sim, um thriller pop e divertido. Um Dan Brown versão realpolitik.

Os pontos mais interessantes da obra, além da trama ágil, estão nos pequenos comentários irônicos permeados pelas 503 páginas. Em um deles, os autores pontuam: “A mídia sabe muito bem o que vende: conflito e divisões”.

É difícil desassociar os comentários críticos à imprensa da situação vivida entre Clinton e a mídia norte-americana durante o caso Monica Lewinsky – que quase resultou no impeachment do então presidente.

Talvez tanta animosidade com a mídia tenha influenciado nas resenhas negativas. O Washington Post, por exemplo, qualificou a obra como uma “revelação do ego de Clinton”. “A parceria, em termos de pura genialidade de marketing, é o equivalente a um dueto entre (a juíza da Suprema Corte) Ruth Bader Ginsburg e Katy Perry”, escreveu Ron Charles.

Já o New York Times foi mais leve com a obra, apontando o realismo como a principal característica positiva do livro. “[A trama] explora a fina linha entre lealdade e dever de um lado e ressentimento e tentação do outro, oposições que podem corromper qualquer funcionário público”, aponta Nicolle Wallace.

Entre comentários positivos e negativos, é inegável que a incursão de um ex-presidente dos EUA no mundo literário sempre é um acontecimento.

Reprodução
O Dia Em Que o Presidente Desapareceu. Ed. Record. 503 páginas. Preço: R$ 49,90

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