Escritora moçambicana Paulina Chiziane vence Prêmio Camões de 2021
Niketche: Uma História de Poligamia, de 2002, é o livro mais conhecido. A autora também destaca pelo protagonismo feminino em suas obras
atualizado
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A escritora moçambicana Paulina Chiziane é a vencedora do 33º Prêmio Luís de Camões. O anúncio foi feito no início da tarde desta quarta-feira (20/10), por uma comissão julgadora composta de seis membros: dois portugueses, dois brasileiros e dois representantes dos PALOPS (países africanos de língua oficial portuguesa).
Paulina é conhecida por obras que destacam o protagonismo feminino. Em 2002, a autora lançou seu primeiro best-seller, Niketche: Uma História de Poligamia. O último livro publicado pela escritora chama-se O Canto dos Escravizados, lançado em 2017. A autora fez parte da Frente de Libertação de Moçambique, uma Frelimo, responsável pela luta pela independência do país, colonizado por Portugal.
No ano passado, o Prêmio Camões foi atribuído ao acadêmico português Vítor Manuel Aguiar e Silva, que coordenou o Dicionário de Luís de Camões. E, em 2019, o eleito foi Chico Buarque , decisão que irritou o presidente Jair Bolsonaro, que não assinou o diploma de permanência. À essa reação, Chico disse que via a ausência dessa assinatura como “um segundo Camões“.