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Escritora angolana-portuguesa Djaimilia participará da Flip 2017

Djaimilia apareceu na cena literária lisboeta em 2015 com “Esse Cabelo”, livro que mistura ficção e memória para refletir sobre identidade

atualizado

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Djaimilia Pereira de Almeida
1 de 1 Djaimilia Pereira de Almeida - Foto: Divulgação

A jovem escritora angolana-portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida foi confirmada para a próxima Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Djaimilia (1982) apareceu na cena literária lisboeta em 2015 com “Esse Cabelo”, livro que mistura ficção e memória para refletir sobre identidade.

A presença da autora se soma a outros pensadores lusos que estarão na Flip: o tradutor Frederico Lourenço, a jornalista e presidente da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e o rapper e ativista Luaty Beirão. Um novo espaço, a Casa Amado e Saramago – patrocinada pela Fundação, pelo Ministério da Cultura de Portugal em parceria com a Fundação Jorge Amado – vai oferecer uma programação paralela durante o evento, que este ano ocorre de 26 a 30 de julho em Paraty.

“Esse Cabelo” chega em junho pela Leya, com o subtítulo “A Tragicomédia de Um Cabelo Crespo Que Cruza a História de Portugal e Angola”. Uma frase no primeiro capítulo diz: “Talvez o livro do cabelo esteja já escrito, problema resolvido, mas não o livro do meu cabelo”.

A autora explica. “O livro nasceu da consciência de que havia alguma coisa que transcendesse a importância da minha história, e atingisse as pessoas”, diz, por telefone, de Lisboa. “A história do cabelo só começa a importar quando deixa de ser a história daquele cabelo para ser algo que toque outras pessoas.”

Sua ideia foi usar essa parte do corpo para investigar a construção da identidade de uma angolana que foi muito jovem para Portugal, e como migrações desse tipo impactam o ambiente social.

“A verdade é que essa busca não estava relacionada com a nacionalidade em si, mas tem que ver com qualquer coisa mais interior. Existe uma série de aspectos como os outros são reconhecidos, e um deles é o cabelo”, explica.

“Quando escrevi, minha principal intenção era captar um momento, partindo de uma experiência particular. Mas desde então, esse movimento, que ainda era pequeno, por assim dizer, tornou-se enorme, e hoje tem contornos globais.” Para a autora, a discussão extrapola e muito o mero aspecto das aparências.

Apesar de nascer em Angola, ela cresceu amando a literatura portuguesa (Fernando Pessoa e Raul Brandão, especialmente). Atualmente, Djaimilia trabalha em um novo romance e escreve regularmente para a revista eletrônica brasileira Pessoa.

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