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Escritor se passa por Eduardo Cunha e lança livro sobre vida na prisão

“Diário da cadeia” especula o dia a dia do político na prisão que foi colocado por conta da Operação Lava Jato

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Eduardo Cunha
1 de 1 Eduardo Cunha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao ter o mandato de deputado federal cassado em setembro de 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha afirmou que lançaria um livro sobre os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto essa obra não chega às livrarias, outro escritor – que prefere se manter em segredo – adotou o pseudônimo de Eduardo Cunha e lança “Diário da Cadeia”.

A obra seria publicada nesta segunda-feira (27/3) pela editora Record, porém a Justiça do Rio de Janeiro proibiu a venda dos livros, aplicando uma multa de R$ 400 mil por dia e a “identificação imediata do autor desconhecido”. De acordo com a coluna de Lauro Jardim no portal de O Globo, a editora irá recorrer à decisão.

Na trama, especula-se sobre a rotina de Eduardo Cunha dentro da prisão de Curitiba (PR). Repleto de citações bíblicas, “Diário de Cadeia” é, na verdade, uma grande sátira sobre o ex-deputado, que já foi eleito como um dos piores presos da Operação Lava Jato pelos carcereiros. O autor do livro não é revelado nem mesmo pela editora.

A narrativa é intercalada entre o dia a dia do político na cadeia, supostos trechos da obra “original” de Cunha e suas reações quando descobre que escreveram um livro usando seu nome. Na obra, ele afirma que é Dilma quem está por trás dessa história.

DivulgaçãoConfira trecho do livro:

“Hoje cruzei com o Pallocci. Teve a coragem de colocar a mão em mim e disse que vai ficar tudo bem. Para os do PT nunca mais vai ficar. Eu conheço a história política desse país abandonado por Deus, então vou poder mostrar como os do PT foram se aninhando no poder e tomando conta de tudo. Os do PT adoram o Estado cuidando da vida dos outros.

Agora o Estado está trazendo todos presos aqui. Bem feito.

Escolhi a primeira frase do meu livro, uma citação: ‘A história vai ser gentil comigo, pois vou escrevê-la’. Winston Churchill.

Se estou hoje aqui, por causa dos do PT, também tenho essa missão. Resolvi começar meu livro Impeachment com o PC Farias para mostrar que não está todo mundo a salvo. Já caiu a Dilma, o Temer não está tão protegido como acha. Não recebi nenhum recado até agora, mas os rapazes de serviço não querem falar comigo e o advogado claro sabia que estavam gravando.

Uma dificuldade por aqui: contratar serviços.

Ainda não consegui organizar tudo porque estou completando a leitura. Deus está comigo nessa missão.”

 

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