Entenda por que o Prêmio Nobel de Literatura 2019 terá dois vencedores
A expectativa é que prêmios sejam entregues a escritoras mulheres
atualizado
Compartilhar notícia
A Academia Sueca vai condecorar dois laureados no Prêmio Nobel de Literatura de 2019, a ser anunciado nesta quinta-feira (10/10/2019). O motivo da duplicidade de troféus está ligado ao cancelamento da cerimônia em 2018, após a prisão do marido de uma integrante da Academia, acusado e condenado de estupro.
Algumas das pessoas que devem ganhar o prêmio de US$ 914 mil são a poeta canadense Anne Carson, o escritor queniano Ngugi Wa Thiong’o e a guadalupe francesa Maryse Conde, de acordo com sites internacionais de aposta.
Outros especulam a possibilidade de vitória da poeta e romancista Mircea Cartarescu ou da escritora e ativista polonesa Olga Tokarczuk. A expectativa é que a Academia escolha vencedores que não irão causar mais controvérsias e há uma grande aposta em uma vencedora ser uma mulher.
Os autores ao redor do mundo devem ser nomeados por antigos laureados. Depois disso, o grupo de membros da Academia são convidados para duas votações, além de uma extra feita por um comitê especial. Entre os finalistas, então, são escolhidos os vencedores.
O último vencedor do Nobel de Literatura foi o autor Kazuo Ishiguro. Ele foi escolhido em 2017 porque através de seus “romances de grande força emocional tem descoberto o abismo debaixo do nosso sentimento ilusório da conexão ao mundo”. O autor nasceu em Nagasaki, no Japão.
Os escândalos da Academia
A Academia Sueca foi influenciada a cancelar a premiação do Nobel de Literatura em 2018 após diversas confusões internas e renúncias resultadas de acusações de má conduta sexual, negligência financeira e diversos vazamentos de informação. A decisão veio após 117 anos de premiações anuais ininterruptas.
“É necessário dedicar tempo para recuperar a confiança do público antes do próximo laureado ser anunciado”, afirmou o secretário interino Anders Olsson. “[A decisão foi tomada] em respeito a prévios e futuros laureados da literatura, à Fundação Nobel e ao público geral”.