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Diplomata João Almino toma posse na Academia Brasileira de Letras

Almino já lecionou na Universidade de Brasília, ele vai ocupar a cadeira 22 da ABL, na sucessão de Ivo Pitanguy

atualizado

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1 de 1 joao-almino-11-840×577 - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O embaixador e escritor João Almino tomou posse na Cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta sexta-feira (28/7), em solenidade no Rio de Janeiro. O novo Acadêmico foi eleito no dia 8 de março deste ano, na sucessão do médico Ivo Pitanguy, falecido no dia 6 de agosto de 2016. Almino já lecionou na Universidade de Brasília (UnB), é conhecido na capital federal por escrever narrativas que se passam em Brasília.

O novo Acadêmico assegurou em seu discurso a preocupação com a literatura, lembrou o inconformismo de seus antecessores e a importância de não se perder de vista o compromisso social ou político:

“A literatura, não é feita para apaziguar o espírito, mas para aguçá-lo. Não é feita para opinar, expor demonstrações ou resolver problemas, o que cabe melhor noutras formas de expressão”.

Os romancistas podem alienar a verdade em troca de uma boa frase quando esta revela a verdade mais profunda da própria ficção. Se o poeta é um fingidor, imagine o ficcionista! Embora nesse trabalho de invenção possam ser incluídos registros e documentos, isso não é o cerne da obra de ficção.

Seu compromisso não é com a conjuntura, dinâmica pela natureza; nem com a verdade factual, mutável com o surgimento de novas informações. É com a história não oficial, alternativa ou subterrânea e deve ir além da verdade e da realidade, sob pena de perder sua dimensão de fantasia, que traz em si forma peculiar de transmissão de conhecimento.

Dois e dois nem sempre são quatro e não só por formarem o número da cadeira que comento. Nem todos os meus antecessores tiveram obra engajada no sentido estrito, mas todos foram inconformistas. Seus trabalhos não perderam de vista o compromisso social ou político, o que não deveria jamais faltar num país com alarmantes índices de educação e de pobreza e com desigualdades sociais, raciais e regionais extremas”.

O novo acadêmico
João Almino nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1950. É conhecido sobretudo pelos seguintes seis romances, aclamados pela crítica e cujas histórias se passam em Brasília: “Ideias para onde passar o fim do mundo (Brasiliense, 1987; editora Record, 2003); “Samba-Enredo (Marco Zero, 1994; editora Record, 2012); “As cinco estações do amor” (editora Record, 2001); “O livro das emoções” (editora Record, 2008); “Cidade Livre” (editora Record, 2010) e “Enigmas da Primavera” (editora Record, 2015).

O diplomata foi diretor do Instituto Rio Branco, medalha de ouro no curso de preparação à carreira diplomática do Instituto Rio Branco, bacharel em direito pela Uerj e mestre em sociologia pela UnB.

Defendeu tese de doutorado em História Comparada das Civilizações Contemporâneas em 1980 pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris, sob a direção do filósofo Claude Lefort.

Ensinou na UnB, na Universidade Nacional Autônoma do México e nas universidades de Berkeley, Stanford e Chicago.

(Com informações da ABL)

 

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