Crise nas livrarias: Mercado editorial brasileiro encolhe mais de 20%
O crescimento nominal em 2016 foi de 0,74%, o que representa decréscimo real de 5,2% descontada a inflação do período
atualizado
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Sem nenhum fenômeno de vendas e acompanhando a conjuntura nacional, o mercado editorial brasileiro registrou, mais uma vez, retração. De acordo com a pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial, feita pela Fipe para a Câmara Brasileira de Livros e para o Sindicato Nacional de Editores de Livros, revelada ontem, o crescimento nominal em 2016 foi de 0,74%, o que representa decréscimo real de 5,2% descontada a inflação do período.
Apesar de negativo, o dado é um pouco mais animador que o de 2015, quando o decréscimo real foi de 12,6%. Em 2014, ele ficou em 5,1%. Somando tudo, o resultado indica um encolhimento de quase 23% em termos reais.
O mercado editorial brasileiro é estimado em R$ 5,2 bilhões. As compras governamentais registraram um aumento nominal de 13,7%, e foram responsáveis por R$ 1,3 bilhão da fatia. Já as vendas para o mercado tiveram crescimento nominal negativo em 3,3% e ficaram em R$ 3,8 bilhões.
Em termos reais, juntando 2016 e 2015, a queda acumulada passa de 20%. Os subsetores Científico, Técnico e Profissional (-10,4%), Obras Gerais (-4,8%) e Religiosos (-4,6%) tiveram o pior desempenho.
A pesquisa mostrou ainda que o preço médio do livro (negociado entre editora e canais de venda) cresceu 8,71% – de R$ 15,72 em 2015 para R$ 17,09 em 2016.