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Com João Almino, Brasília chega à Academia Brasileira de Letras

Escritor nascido em Mossoró (RN) vive na capital e usa a cidade como cenário em seus romances

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1 de 1 joao almino 11 - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O escritor e diplomata João Almino tem uma relação bastante peculiar com Brasília. Nascido em Mossoró (RN), mudou-se para cá aos 24 anos e fez da capital o cenário para a maioria de suas obras literárias. “Sendo uma cidade com pouca tradição, senti que teria liberdade para criar os livros do jeito que eu quisesse”, disse, em entrevista exclusiva ao Metrópoles.

No início do mês, Almino foi escolhido para assumir a 6ª cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), que pertenceu ao cirurgião plástico Ivo Pitanguy entre setembro de 1991 e agosto de 2016. A cerimônia de posse ainda não está marcada, mas deve ocorrer até junho deste ano.

Para o escritor, que possui mais de 10 títulos publicados, a conquista é vista como um grande desafio. “É uma grande honra ser eleito à academia, mas também uma grande responsabilidade perante nós mesmos, ou seja, nosso próprio trabalho, perante essa importante instituição cultural e, de maneira mais ampla, perante a sociedade”, afirmou.

Almino fez mestrado em sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e atuou como professor da instituição por alguns anos. Ele também defendeu tese de doutorado em História Comparada das Civilizações Contemporâneas na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris (França).

Brasília poética
Com a eleição do diplomata para a ABL, Brasília ganha um representante na mais importante instituição de literatura do país. Morador da Asa Sul, possui uma bibliografia que perpassa a cidade. A admiração pela capital é tão grande que cinco romances de Almino formam um conjunto chamado “Quinteto de Brasília”.

Almino pisou na capital pela primeira vez em 1970 e, instantaneamente, sentiu-se dragado por suas contradições e pelo discurso utópico de modernidade com o qual a cidade nasceu. Aqui, compreendeu que era possível falar do Nordeste à cultura árabe em suas obras, sempre tendo Brasília como pano de fundo.

Brasília era uma cidade como nenhuma outra e, ao mesmo tempo, uma cidade como qualquer uma. Sua carga simbólica serviu de base para meus livros.

João Almino

Assim, fez sua mudança para a capital quatro anos após a primeira visita. Porém, sendo diplomata, acabou por sair de Brasília diversas vezes, indo morar em 10 cidades no exterior. “Esse ano cheguei a uma constatação interessante. Moro aqui o mesmo tempo que vivi em minha cidade natal: 12 anos. Sou um nativo”, conta.

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Em outubro deste ano, João Almino lança o romance “Entre facas, algodão”. O Distrito Federal volta a aparecer como cenário, mas a trama se passa, principalmente, no sertão do Nordeste. Trata-se da história de um advogado nordestino que abandona sua família e sai da capital com o objetivo de resolver os problemas do passado.

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