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África plural. Conheça 10 escritores de destaque do continente africano

O moçambiano Mia Couto, o angolano Ondjaki e a nigeriana Chimamanda Ngozi são alguns nomes dessa lista de autores que comprovam em sua escrita a diversidade e a multiplicidade cultural da África

atualizado

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Voice of America/Reprodução
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A Nigéria de Chimamanda Ngozi Adichie não é a mesma de Wole Soyinka, assim como os olhares de Mia Couto e Paulina Chiziane sobre Moçambique. Porém, em comum, todos têm uma percepção sincera sobre seus países de origem. O Metrópoles selecionou 10 escritores africanos que têm muito a dizer sobre sua terra natal, comprovando a diversidade e a multiplicidade do continente. Confira:

John D. and Catherine T. MacArthur Foundation/reproduçãoChimamanda Ngozi Adichie (Nigéria)
A nigeriana é uma das principais escritoras da atualidade. Além da narrativa fluída, sua obra mostra uma Nigéria nua e crua, sem os estereótipos que não-nativos costumam reproduzir. É possível afirmar que todas as suas obras são de destaque. Além de “Hibisco Roxo”, “Meio Sol Amarelo” (que virou filme) e “Americanah”, Chimamanda é autora de “Sejamos Todas Feministas”, discurso emblemático feito no TEDx Euston, adaptado para livro.

Luis Miguel Martins/Reprodução Mia Couto (Moçambique)
António Emílio Leite Couto, mais conhecido como Mia, tem o dom de fazer, em sua prosa, poesia, e registrar como poucos um lírico Moçambique, país ainda marcado pela guerra civil, que terminou em 1992. Seu trabalho é influenciado pelas publicações de Guimarães Rosa e muito plural. Mia atua na área de contos (“Vozes Anoitecidas”), crônicas (“E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções”) e romances ( “Terra Sonâmbula” e “Mulheres de Cinzas”).

Foca LisboaUFMG/reprodução

Paulina Chiziane (Moçambique)
Ela é a primeira mulher moçambicana a publicar um romance naquele país. Seus livros também são um raio-x de Moçambique, que vive entre tradições milenares e práticas contemporâneas. Em “Niketche — Uma História de Poligamia”, Paulina narra a história de Rami, uma mulher casada há mais de duas décadas que, um dia, descobre que o marido tem outras quatro esposas e vários filhos.

 

 

LaraLongle/ReproduçãoJosé Eduardo Agualusa (Angola)
É um dos escritores africanos “mainstream”. Nascido na cidade de Huambo, o angolano tem diversos títulos publicados em 25 idiomas. O romance mais recente é “A Rainha Ginga”, em que Agualusa mostra a trajetória de Ana de Souza (1583-1663), senhora de um reino poderoso nos vastos sertões da costa ocidental da África. Outro livro de destaque é “Teoria Geral do Esquecimento”, cuja narrativa mergulha nas formas de amar, no medo do outro e no absurdo do racismo.

Reprodução/InternetVera Duarte Pina (Cabo Verde)
Poeta e romancista, Vera também tem atuação forte fora do mundo das artes. Ela é jurista e já foi ministra da Educação. Entre suas publicações estão “O Arquipélago da Paixão” (2001), “A Candidata” (2003), “Preces e Súplicas ou os Cânticos da Desesperança” (2005), “Construindo a Utopia” (2007) e “A Palavra e os Dias” (2013).

 

Reprodução/InternetOndjaki (Angola)
Ndalu de Almeida nasceu em Luanda e já veio várias vezes ao Brasil. Além das participações em festivais, nosso país é importante na trajetória do angolano por causas da referências. Érico Verissimo e Graciliano Ramos são alguns autores que inspiram os romances, contos e poesias de Ondjaki. Do escritor, “Bom dia, Camaradas” e “Os Transparentes” são leituras essenciais.

Claude Truong-Ngoc / Wikimedia CommonsFatou Diome (Senegal)
A França e o Senegal são cenários constantes na obra da escritora. Sua obra ainda não tem muito espaço no Brasil, mas “Le Ventre de l’Atlantique” pode ser comprado em sites de livrarias brasileiras, em francês ou em tradução para os inglês (“Belly of the Atlantic”). Recentemente, Fatou ficou famosa em todo mundo ao participar de um debate no programa francês “Ce soir (Jamais!)”, no canal France 2. “A Europa não pode se fechar enquanto houver conflitos em outros lugares ao redor do mundo”, disse.

 

Reprodução/InternetChinua Achebe (Nigéria)
É um dos principais escritores africanos e um dos mais premiados .Em 2002, Chinua (1930 – 2013) foi agraciado com o Prêmio da Paz oferecido pela Feira de Frankfurt, na Alemanha. Em 2007, recebeu o Man Booker International, um dos mais importantes prêmios das literaturas de língua inglesa. “A Paz Dura Pouco” e “A Flecha de Deus” são alguns livros do publicados no Brasil.

Reprodução/InternetIsabel Ferreira (Angola)
Outra escritora com presença marcante no Brasil. Recentemente, Isabel esteve na Flink Sampa – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra, que costuma acontecer no mês de novembro, em São Paulo. Certa vez, em entrevista, ela disse que o Brasil foi o primeiro país a reconhecê-la como escritora. “O Guardador de Memórias” e “Caminhos Ledos” são algumas de suas obras.

blogs.premiumtimesng.com / Reprodução Wole Soyinka (Nigéria)
Em 1986, ele entrou na história por ser o primeiro africano a receber o Nobel de Literatura. Sua obra e vida são marcadas por intervenções políticas e pela divulgação da cultura iorubá. Entre os vários livros publicados, estão “O Leão e a Joia” e “Myth, Literature and the African World”.

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