1 de 1 President Trump Meets GOP Senators In The Roosevelt Room Of The White House
- Foto: Alex Wong/Getty Images
Desde que foi lançado nos EUA, em 5 de janeiro, o livro “Fire and Fury: Inside the Trump White House”, do jornalista Michael Wolff, se tornou tanto um sucesso literário bombástico, digno da fúria do presidente americano – que tentou proibir a publicação – quanto objeto de debate acerca de métodos jornalísticos e dos limites (imaginativos e interpretativos) da literatura de não ficção.
Destinado a se consolidar como o grande best-seller de 2018, a obra mergulha no primeiro ano de administração do republicano à frente da Casa Branca. Algumas das mais de 200 entrevistas realizadas por Wolff foram classificadas como imprecisas ou falsas por pessoas retratadas na obra, algo que indica uma certa licença poética do autor em passagens e reconstituições de conversas.
A versão em português, “Fogo e Fúria: Por Dentro da Casa Branca de Trump” (editora Objetiva, da Companhia das Letras), chega ao Brasil em 29 de março, mas já está em pré-venda na internet. A produtora de audiovisual Endeavor Content comprou os direitos do livro com intenção de adaptá-lo para série de televisão.
O Metrópoles leu a versão em inglês de “Fogo e Fúria” e reuniu 10 anedotas curiosas narradas no livro:
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O presidente tem como hobby paquerar esposas de amigos. Um dos trechos mais chocantes do livro de Wolff realça o que todos sabemos: o republicano já assediou mulheres várias vezes ao longo da carreira empresarial e parece não ter vergonha da má fama. "Trump gostava de dizer que uma das coisas mais valiosas da vida era levar as mulheres dos amigos para a cama", narra o jornalista. Primeiro, Trump fala mal do amigo para a esposa dele. Depois, convida o confidente para uma conversa comprometedora. Liga para a mulher do colega, põe o diálogo no viva-voz, esconde o aparelho e começa a falar bobagens com o visitante. "Você ainda faz sexo com sua mulher? Com que frequência? Chamei jovens de Los Angeles para cá. Podemos subir e nos divertir com elas", completa o autor
Kevin Dietsch - Pool/Getty Images
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"The Art of the Deal": Trump jamais leu "seu" principal livro. Publicado em 1987, o livro é considerado obra-chave para quem deseja entender a persona do republicano. Apesar de creditado como coautor com o jornalista Tony Schwartz, o empresário nunca deu bola para o título. "Talvez esse fosse o ponto. Trump não era um escritor, mas um personagem – um protagonista e herói", ironiza Wolff
Objetiva/Divulgaçao
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As estranhas relações de Trump com os russos. Para além do dossiê divulgado no começo de 2017, o livro de Wolff detalha os intrincados e suspeitos pontos de contato entre Trump e russos – o republicano teria conspirado com o Kremlin para trapacear na eleição, vencer o pleito e virar o fantoche de luxo do país europeu na geopolítica mundial. Segundo o autor, o empresário jamais tratou com seriedade seus laços com Putin e autoridades do país. A principal fonte citada pelo jornalista é Steve Bannon, "astro" da direita americana e ex-estrategista-chefe que rompeu relações com o presidente
EVAN VUCCI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Donald Trump vai reiniciar sua campanha pela reeleição
Sara D. Davis/Getty Images
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Trump ama comer no McDonald's. E a razão nada tem a ver com sabor, preço ou comodidade. Trump é descrito por Wolff como um sujeito extremamente paranoico, impedindo até que faxineiras recolham roupas espalhadas por seu quarto. "Ele tem um medo antigo de ser envenenado com comida. É por isso que gosta de comer no McDonald's – ninguém sabe que ele está vindo e a comida é pré-pronta e, por isso, segura", escreve o autor
Divulgação
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Trump passa o dia dando telefonemas. Eis a rotina noturna do presidente na Casa Branca quando não tem compromissos de agenda: comer hambúrgueres deitado na cama, ver televisão em três monitores (solicitação dele) e falar com amigos e colegas do mundo empresarial por telefone – pessoas que nem sempre mantêm as conversas em sigilo. "Quando começaram a vazar detalhes de sua vida pessoal, ele ficou obcecado em identificar o responsável. A fonte da fofoca, porém, talvez fosse o próprio Trump", narra Wolff
Gary Gershoff/Getty Images for Cantor Fitzgerald
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O desengonçado discurso para a CIA. Trump comprou briga com serviços de inteligência durante a eleição, classificando CIA e FBI como incompetentes. No início do governo, porém, ele teve de recuar. Tanto que um dos primeiros compromissos presidenciais foi um encontro com a CIA. O discurso do republicano reuniu anedotas das mais bizarras. "Acho que sou o recordista de capas da revista 'Time'. Tipo, se Tom Brady está na capa é porque ganhou o Super Bowl ou algo do tipo. Fui capa quinze vezes esse ano. Acho que esse recorde não vai ser quebrado nunca. Você concorda, Mike? O que acha?". "Não", respondeu Mike Pompeo, diretor da CIA
Drew Angerer/Getty Images
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O presidente estava infeliz na cerimônia de posse. Ignorado por Hollywood, Trump assumiu a carranca de menino mimado no dia da cerimônia de posse. Disse a aliados que Barack e Michelle Obama o trataram com desdém e mostrou o tipo de persona que usaria na maioria dos compromissos públicos, sobretudo diante da imprensa liberal: ameaçador, raivoso, rancoroso e vingativo. Ao fim do já gasto (mas ainda assustador) discurso nacionalista, o colega republicano George W. Bush, presente à cerimônia, murmurou: "Essa merda foi muito estranha"
EPA/TANNEN MAURY
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Trump não sabe ligar causa e efeito. Em várias passagens, Wolff questiona a capacidade do republicano de administrar funções básicas da vida pública, como organizar planos de gestão ou prestar atenção a assuntos tratados em reuniões. "Quase todos os profissionais destacados para trabalhar com ele pareciam perceber que aparentemente ele não sabe de nada", descreve