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Jovem Pan se pronuncia após PF fazer buscas em casa de radialista

Empresa afirmou que rompeu contrato com Milton Júnior após empresário declarar apoio aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

atualizado

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Milton de Oliveira Júnior
1 de 1 Milton de Oliveira Júnior - Foto: Reprodução/Twitter

A Jovem Pan se pronunciou nesta terça-feira (27/6) após o radialista Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio em Itapetininga (SP) que foi afiliada à Jovem Pan, ser alvo de buscas da Polícia Federal na 13ª fase da Operação Lesa Pátria.

Em nota enviada ao Metrópoles, o grupo de comunicação informou que Milton Oliveira não faz mais parte do grupo de afiliados da  Jovem Pan desde 20 de abril deste ano. O motivo da recisão do contrato seria, justamente, a declaração de apoio aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

“O contrato com a DPV Limitada, empresa que administrava a Jovem Pan Itapetininga, foi rompido de imediato, por iniciativa do Grupo Jovem Pan, logo após a fala do radialista que usou o espaço da programação local da afiliada para manifestar apoio aos atos criminosos de 8 de janeiro e para declarar ter apoiado financeiramente os protestos que levaram à depredação em Brasília”, diz o comunicado.

“O Grupo Jovem Pan reforça a posição em defesa da democracia e do Estado de Direito, razão pela qual se viu obrigado a adotar medidas legais contra o empresário Milton Oliveira com o objetivo de preservar a credibilidade de uma empresa que tem 80 anos de história na radiodifusão”, completa a nota.

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Entenda

Em abril deste ano, durante um programa local,  Milton Júnior admitiu ter contribuido financeiramente para “patriotas” irem a Brasília “protestar” contra o governo Lula. Ele disse que teria comprovantes das transferências feitas por meio de Pix e ironizou a possibilidade de ir preso.

“Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para a Brasília fazer protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum. Temos que assumir os compromissos que fazemos. Não tenho medo da Justiça”

Milton de Oliveira Júnior

Nesta terça-feira (27/6) ele foi alvo da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, que visa identificar possível financiador dos atos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Itapetininga, interior de São Paulo.

Atos antidemocráticos

No dia 8 de janeiro deste ano, o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Os fatos investigados constituem crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas.

Caso tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília, a PF solicita que sejam encaminhadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br

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