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Jornalistas negros da Globo lutam por mais representatividade na TV

Coletivo Diáspora, idealizado por profissionais da emissora, tem trabalhado para mudar cenário de invisibilidade

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Grupo de funcionários negros lutam por mais representatividade na tv
1 de 1 Grupo de funcionários negros lutam por mais representatividade na tv - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A população negra representa 54% dos brasileiros, mas ainda encontra obstáculos para ocupar espaços na televisão. A maioria dos nomes conhecidos por vencerem estigmas sociais e conquistarem certo protagonismo estão na Rede Globo.

Além de ter sido uma das primeiras a romper a barreira do preconceito, a emissora apoia uma iniciativa de funcionários para promover mais diversidade na empresa.

Conduzido por um grupo de funcionários negros da emissora, entre eles o  jornalista da Globosat Marcos Luca, o  Diáspora incentiva o protagonismo negro no jornalismo, no cinema e no entretenimento.

Todo com anuência e apoio da empresa.

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Maju Coutinho
Glória Maria em fevereiro de 2020
Heraldo Pereira
Luiz Fará Monteiro, da Record
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Coletivo Diáspora

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Maju Coutinho

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Glória Maria em fevereiro de 2020

AgNews
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Luiz Fará Monteiro, da Record

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Representatividade na TV

Ainda assim, há um longo caminho a ser percorrido pelas emissoras da TV para tornar a programação mais representativa para os brasileiros. Segundo levantamento de Léo Dias, colunista da Rádio Metrópoles, ha emissoras com a apenas dois representantes negros.

Confira os números obtidos por Léo Dias.

A Globo afirmou ser muito difícil calcular neste momento, mas esta questão faz parte da premissa da existência da emissora.

Na Band, há apenas dois negros na tela em rede nacional.

RedeTV lembra ter sido a primeira TV a ter uma dupla de apresentadores de telejornal, negros, diz que atualmente, além de Netinho de Paula, e afirmam apresentar diariamente o programa “Trace Trends”, que apresenta tendências da cultura negra e urbana.

O SBT calcula em pouco mais de 30, basicamente todos do setor de dramaturgia.

A Record não se manifestou.

 

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Eu estava no aeroporto de Congonhas aguardando meu voo de volta pro Rio após três dias de viagem a trabalho. Tinha ido fazer a transmissão de um UFC. No saguão, o pavor de entrar no avião ameaça me consumir. Uma mulher me cutuca minutos antes de eu meter um ansiolítico pra dentro. – Oi, você é o Marcos? Me viro pra ver quem me chama. Não conheço. – Sou. – Ah, nossa! Eu te sigo no Instagram faz um tempo, e meu filho te adora. Ele te segue também desde aquele post do Exército e diz que quer ser jornalista igual a você. A ficha demorou a cair. – Sério!? Quantos anos tem seu filho? – 15. Ele é muito inteligente! Eu não sabia mais o que falar. Travei. – Bom, eu vou nessa. Ele vai ficar feliz quando eu contar que te encontrei. – Qual é o nome dele? – É Marcos também. – Manda um grande abraço pra ele. Nos despedimos, e ela rumou pra longe. Eu fiquei perplexo por alguns instantes ainda. Em seguida, lancei o ansiolítico e fui catar minha passagem no bolso da mochila. (…) Já no Rio, chegou uma mensagem no meu Instagram. Era o garoto. Vou procurar aqui para reproduzir as palavras com precisão. “Fala, xará. Boa noite. Minha mãe disse que encontrou com você no aeroporto hoje. Sou um grande fã seu”. Passamos a conversar a partir daí, e descobri que o @mvini.ferreira é fissurado em esporte, estuda no IFRJ e mora em Belford Roxo. Perguntei o que ele achava de conhecer o local onde eu trabalho. Dois meses depois, esse dia chegou. Após um breve tour, hora da despedida. Abraços apertados, agradecimentos e promessas. A @vanessavicente.ferreira me mandou mensagem logo depois e falou que meu xará estava quase chorando quando foi embora. Pô, bicho… Que dia! @mvini.ferreira, meu amigo, repito tudo que te falei: se seu sonho é realmente trabalhar aqui, eu vou estar aqui esperando por você. Tem uma galera tentando abrir os acessos, tentando criar essas pontes. Nós vamos estar em todos os lugares. Estuda, se dedica, se forma e vem. E quando chegar esse dia, sei lá… Acho que quem vai chorar sou eu. #4p

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