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Investigação do suposto suicídio de atriz Ja-Yeon Jang é revisitada

Em cartas, ela alegaria ter sido forçada por sua agência a entreter mais de 30 figuras públicas com sexo e bebidas

atualizado

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JTBC
jang jayeon jtbc
1 de 1 jang jayeon jtbc - Foto: JTBC

Em março de 2009, a atriz Ja-Yeon Jang, 29 anos, foi encontrada morta em sua casa, em Seongnam, na província de Gyeonggi, na Coréia do Sul, após ter cometido suicídio. A atriz deixou uma carta de sete páginas com uma lista de nomes de políticos, CEOs, produtores, atores, repórteres, executivos e outras figuras poderosas acusando de cometer ou serem álibis do abuso sexual contra ela ou outras mulheres da indústria.

Nas cartas, Ja-Yeon alegava que foi forçada pela sua agência a “entreter” as figuras públicas. Na época, seu agente divulgou na imprensa quatro das sete páginas. Um amigo dela contou ao portal de notícia Chosun Ilbo que não iria divulgar todos os detalhes do abuso sofrido por Ja-Yeon. O motivo? As informações poderiam “causar dano involuntário a certas pessoas”.

News1
Membros da Associação Coreana das Mulheres e a Associação Nacional de Conselheiros de Violência Sexual em protesto no dia 23 de janeiro

 

Apesar das sérias acusações, o caso da atriz não foi investigado à fundo na época. Apenas o CEO da companhia de entretenimento de Jang foi acusado de difamação e violência. Agora, 10 anos depois, o Ministério da Justiça da Coréia do Sul exigiu que o caso seja revisitado após a pressão de grupos de defesa da mulher. Nessa segunda-feira (18/3) foi confirmada a extensão da investigação.

Em 2011, a SBS (canal de informações) havia recebido cartas de 230 páginas enviadas ao amigo “Jeon”. A moça descreve, por exemplo, que já havia sido forçada pelo ex-agente Sung-Hoon Kim a “entreter” 31 figuras VIP mais de 100 vezes, fazendo drinques e oferecendo sexo. Ela havia os descrito como “demônios”.

Chung Sung-Jun/Getty Images
A atriz Ja-Yeon Jang no Prêmio de Arte Paeksang, em 2009

 

“Toda vez que me pediam para vestir um novo vestido, indicava que eu iria encontrar com outro demônio”, Jang escreveu. “Eu servia drinque, os entretinha no karaokê e ‘room salons’ em Gangnam e Suwon”.

Yong-Hoon Bang
Yong-Hoon Bang é presidente do Hotel Koreana e irmão de Sang-Hoon Bang, executivo-chefe do jornal Chosun Ilbo. Em 2008, foi confirmado que Yong-Hoon teria comparecido a encontros com Ja-Yeon e teria seu nome citado na lista da atriz.

No começo de 2019, o jornal televisivo PD’s Notes, da MBC, acusou Bang e seus filhos de aprisionar a esposa por quatro meses no porão de casa. Ela cometeu suicídio e deixou uma longa carta documentando o abuso. Logo depois da notícia sair, o escândalo da boate Burning Sun tomou conta de todos os veículos noticiários.

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