Igreja Católica é pop: filme e séries sobre segredos e Papa Francisco
As séries “The Young Pope” e “Pode Me Chamar de Francisco” e o filme “Silêncio” buscam abordagens históricas para tratar o catolicismo
atualizado
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O Papa Francisco é o que podemos chamar de um genuíno papa pop. Ele tem um time de coração (San Lorenzo), dispensa o luxo do Vaticano e discursa sobre meio-ambiente, entre outros temas. Nesse contexto, o filme “Silêncio” e as séries “Pode Me Chamar de Francisco” e “The Young Pope” aproveitam o momento favorável para discutir segredos religiosos da Igreja Católica e explorar temas relacionados à fé.
“Pode Me Chamar de Francisco”, como já adianta o título, é claramente uma dramatização da trajetória de Jorge Mario Bergoglio. Mas essa popularidade do Papa Francisco também repercute de maneiras menos óbvias.
“Silêncio”, por exemplo, concretiza um projeto de longa gestação do experiente Martin Scorsese. Retorna ao século 17 para acompanhar dois padres que visitam o Japão para encontrar seu mentor, numa história que mistura proselitismo e violência. “The Young Pope” (foto no alto) ousa criar um jovem papa fictício, o Pio XIII (Jude Law), primeiro americano a assumir o cargo.Veja três produções recentes sobre a Igreja Católica:
“Pode Me Chamar de Francisco”
A cinebiografia se baseia na vida de Jorge Mario Bergoglio: da juventude em Buenos Aires ao posto de líder da Igreja Católica. Com ênfase nas duras experiências vividas pelo padre sob a ditadura argentina, a produção foi lançada como longa-metragem lá fora e editada em formato de minissérie (quatro capítulos) para o mercado brasileiro.
Disponível na Netflix
“Silêncio”
“Projeto de fé” de Scorsese, o filme levou 25 anos para sair do papel. Apesar de ter no currículo “Taxi Driver” (1976) e “Touro Indomável” (1980), o diretor não conseguiu orçamento maior que US$ 40 milhões e contou com grande elenco (Andrew Garfield, Adam Driver, Liam Neeson) trabalhando quase de graça. Na trama, dois jesuítas vão ao Japão para saber do paradeiro de seu mentor religioso.
Estreia nos cinemas em 2 de fevereiro
“The Young Pope”
O fictício Pio XIII daria o que falar se fosse real. Vivido por Jude Law, o jovem papa é um fumante incurável e o primeiro americano a assumir o Vaticano. Mais Ratzinger (Bento XVI) do que Bergoglio (Francisco), Lenny Belardo é conservador e pretende recrudescer a postura da igreja diante de fiéis e da opinião pública. A série carrega a grife do diretor italiano Paolo Sorrentino, de “A Grande Beleza” (2013) e do recente “Juventude” (2015).
Na Fox Premium, ainda sem data de estreia