Globo de Ouro 2018: cinco momentos que devem marcar a premiação

A diversidade está com tudo. Um ano após a vitória de "Moonlight: Sob a Luz do Luar" (no Oscar e no Globo), as vozes da diversidade seguem fortes em Hollywood. Enquanto "A Forma da Água" (um filme sobre amor às diferenças), "Me Chame Pelo Seu Nome" (drama LGBT) tentam superar o cada vez mais favorito "Três Anúncios para um Crime" na categoria de melhor drama, os indies "Corra!" (terror sobre racismo e a condição do negro nos EUA) e "Lady Bird: A Hora de Voar" (longa dirigido por Greta Gerwig que retrata uma jovem buscando independência) dividem a concorrência pelo troféu de melhor comédia ou musical

Seth Meyers, o mestre de cerimônia: premiação deve refletir atual momento de Hollywood. O apresentador do "Late Night" já comandou premiações outras vezes, como o Emmy e o ESPYs (da ESPN), mas terá um desafio inédito no Globo de Ouro 2018. Se a noite de gala de 2017 mostrou uma Hollywood arrasada pela vitória de Donald Trump na eleição para presidente dos EUA, a festa de 2018 promete ter um tom de reflexão sobre os recentes casos de abuso e assédio sexual que abalaram a indústria nos últimos meses e desnudaram a forte cultura machista que ainda impera nas diversas etapas de produção de filmes e séries

Protesto em apoio às vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood. Impulsionado pela hashtag #MeToo nas redes sociais, o movimento de repúdio ao machismo e à cultura de assédio nas produções de séries e filmes deverá ressoar na cerimônia. Várias atrizes de calibre, como Jessica Chastain (foto) e Meryl Streep, vão à festa vestidas de preto para marcar adesão ao protesto. Dwayne Johnson e Armie Hammer, estrela de "Me Chame Pelo Seu Nome", são alguns dos atores que também participam da manifestação

Oprah Winfrey recebe Globo de Ouro honorário. A apresentadora, atriz e produtora recebe o prêmio especial Cecil B. deMille, entregue anualmente a personalidades do entretenimento. Indicada ao Oscar e ao Globo por "A Cor Púrpura" (1986) – também concorreu à estatueta como produtora de "Selma" (2014) .

Mulheres devem dominar séries premiadas. "The Handmaid's Tale" (ou "O Conto da Aia") tem tudo para desbancar "Game of Thrones", "Stranger Things" e "The Crown" na categoria de melhor série dramática. Entre as comédias, há mais uma disputa de programas com protagonismo feminino: "SMILF" e "The Marvelous Mrs. Maisel". Na corrida dos seriados de duração limitada ou filmes para a TV, "Big Little Lies" sobra no favoritismo e sofre alguma ameaça de "Top of the Lake: China Girl" e "The Sinner", também lideradas por mulheres fortes