Galinho de Brasília cancela participação no Carnaval 2019
Esta é a primeira vez, em 27 anos, que a agremiação fica fora da folia brasiliense
atualizado
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O tradicional Galinho de Brasília anunciou, nesta terça-feira (26/2), que não vai desfilar no Carnaval da cidade em 2019. Essa será a primeira ausência da agremiação na folia desde sua fundação, há 27 anos.
Segundo o presidente do Galinho, Romildo de Carvalho, os recursos destinados para o desfile – cerca de R$ 140 mil – não seriam suficientes para bancar as despesas do evento. O bloco, que tradicionalmente desfilava em dois dias, já tinha anunciado apenas uma data. Mesmo assim, de acordo com os organizadores, não seria possível garantir a segurança dos foliões. Por isso, a diretoria da agremiação optou pelo cancelamento.
“Todas as possibilidades foram analisadas e todos os esforços envidados junto ao governo e patrocinadores, sem sucesso, para continuarmos desfilando a cultura nordestina no Carnaval de Brasília. Entendemos, com muito pesar, que não fomos merecedores da consideração e do respeito suficientes à nossa tradição cultural! Atualmente, nos encontramos impossibilitados financeiramente de colocar os blocos na rua. Nestes 27 anos de existência, prezamos pelo folião, que sempre desfilou com segurança, acessibilidade, respeito, conforto e com a estrutura necessária para acomodação e divertimento”, diz a nota publicada pelo Galinho de Brasília.
Em nota, a Secretaria de Cultura afirmou que sempre manteve diálogo com o Galinho e os outros 54 blocos habilitados.
“Para o Carnaval de rua de Brasília, a Secretaria de Cultura cumpre integralmente o Edital 19, lançado em 2018. Os 55 blocos habilitados concordaram com as regras do certame que previu o aporte de R$140 mil reais para os blocos de megaporte como é o caso do Galinho de Brasília.
Desde dezembro, a atual gestão da Secretaria de Cultura mantém diálogo com representantes dos blocos para viabilizar um modelo de Carnaval seguro, tranquilo e confortável para foliões e grupos. Para isso, foram montadas três estruturas na região do Plano Piloto com capacidade para abrigar esses blocos e viabilizar as festas.
Essas estruturas, os chamados polos carnavalescos, ficam à disposição dos grupos que queiram fazer seus desfiles nesses locais.”