Fotógrafo documental, Robert Frank morre aos 94 anos
Considerado um dos mais influentes do século 20, Frank deixou a Suíça para fazer sucesso com o clássico The Americans
atualizado
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Um dos fotógrafos mais influentes do século 20, Robert Frank morreu, nessa segunda-feira (09/09/2019), em Invernessa, Nova Escócia, Canadá. Sua morte foi confirmada pela Galeria Pace-MacGill, em Manhattan. A informação é do The New York Times.
Nascido na Suíça, Frank estreou com The Americans, livro de fotografias em preto e branco produzidas durante viagens na década de 1950.
The Americans
Em 2017, o Instituto Moreira Salles (IMS) realizou mostra inédita no Brasil com fotos, livros e filmes de The Americans. Na obra, criada sem um roteiro estabelecido e a bordo de um carro comprado para a ocasião, o fotógrafo percorreu o país registrando a vida de ricos e pobres, na cidade e no campo.
Foi do chão de fábrica ao banco, do drive-in a Hollywood, foi a parques públicos, festas da alta sociedade, manifestações políticas, enterros e rodeios.
O projeto durou dois anos e resultou em 27 mil imagens, das quais Frank selecionou, primeiro, 2 mil. De uma última seleção, restaram as 83 que definem os Estados Unidos dos anos 1950, com sua sociedade consumista enfrentando o debate dos direitos civis e outras questões políticas e comportamentais.
O escritor Jack Kerouac escreve, no prefácio de The Americans, livro que Frank fez com base nessa série e lançou em 1958, que o fotógrafo “registrou cenas jamais vistas em filme fotográfico” e que “sugou um poema triste dos Estados Unidos”, tornando-se um dos “poetas trágicos do mundo”.