Folia com Respeito contribui para Carnaval melhor, diz coordenadora
Campanha Folia com Respeito investe em capacitação para profissionais que atuam durante o Carnaval
atualizado
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Em 2024, o projeto Folia com Respeito completa sete anos de atividade no Carnaval de Brasília. O tempo, mesmo que ainda seja curto, já é capaz de mostrar resultados. Isso é o que garante a produtora e coordenadora do projeto, Ava Sherdien.
“A campanha tem se destacado também na alta redução de diversos tipos de violência e possibilidades de preconceito durante a festa. O que mostra que a conscientização na hora da folia contribui para uma festa mais tranquila e humanizada”, avalia Ava, em entrevista ao Metrópoles.
As primeiras ações de capacitação do grupo começam nesta quinta-feira (18/1), quando será realizado um encontro com produtores e profissinais do Carnaval. Nas sessões, são realizados cursos de como agir na prevenção e no acolhimento de vítimas de machismo, racismo e homofobia.
“Damos sempre orientações e treinamentos a partir de experiências nossas e cursos. Logo, acreditamos que dentro da campanha conseguimos fazer a diferença com as pessoas que contratamos. Fora dela acreditamos que necessita ainda de mais treinamento e também mais comunicação para que possamos entender as diversidades que incluem essa festividade”, pondera Ava.
Confira a entrevista com Ava Scherdien, produtora da campanha Folia com Respeito e coordenadora do posto móvel
1) Tomando as edições anteriores, qual tem sido o impacto do Folia com Respeito no Carnaval?
A campanha tem recebido muitos retornos dos blocos e quem esta indo curtir o carnaval em questões práticas de como evitar, se proteger e proteger o próximo em relação aos assédios e as possíveis violências. Além disso a campanha tem se destacado também na alta redução de diversos tipos de violência e possibilidades de preconceito durante a festa. O que mostra que a campanha e a conscientização que a campanha fornece ao vivo, na hora da folia contribui para uma folia mais tranquila e mais humanizada
2) Ações de capacitação e educação sempre são cobradas para diminuir casos de machismo, racismo e homofobia. Como a educação pode contribuir na redução de casos?
Qualquer tipo de discriminação ou de violência é falta de informação ou até formas de entender que a forma que fora passada certas questões estão ultrapassadas e precisam ser atualizadas. O papel da educação é fundamental pra isso, informação bem explicada e direta ajuda a resolver diversas questões pessoais e do grupo carnavalesco, logo a educação como ferramenta de conscientização e de instrução para a melhora do convívio é o melhor caminho e o escolhido pela campanha
3) O Folia com Respeito investe na prevenção e também no atendimento das vítimas. Na avaliação de vocês, quão preparados estão os profissionais que lidam com possíveis vítimas para atender ao público?
Damos sempre orientações e treinamentos a partir de experiências e cursos nossos, logo acreditamos que dentro da campanha conseguimos fazer a diferença com as pessoas que contratamos. Fora dela acreditamos que necessita ainda de mais treinamento e também mais comunicação para que possamos entender as diversidades que incluem essa festividade e para além disso fornecer um atendimento digno e uma festa tranquila a todes. O folia com Respeito sempre se coloca a disposição para tal.
4) Há quantos anos o Folia com Respeito está em vigor?
Começamos a estar presente nos blocos em 2017, a partir de diversos pedidos e reclamações de foliões, foliãs e organizadores. Logo não paramos mais, nem mesmo durante a pandemia. Estamos sempre com escutas abertas, sempre nos aprimorando, entendendo a necessidade de todes e também as nossas. O intuito é termos mais dessa campanha em Brasília e quem sabe no Brasil.