Flavio Bauraqui revela racismo em loja: “Pensaram que eu iria roubar”
Ator do filme Medida Provisória relembrou episódio de preconceito que sofreu antes de iniciar carreira artística
atualizado
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O ator Flavio Bauraqui, do filme Medida Provisória, relembrou nesta quinta-feira (14/4) no programa Encontro, da Globo, um episódio de racismo que sofreu no Rio de Janeiro, quando foi impedido de entrar em uma loja e foi chamado de ladrão por causa de sua cor. O caso ocorreu antes de seu início na carreira artística.
“Eu estava em Copacabana, e não era pessoa pública ainda, entrei em uma loja de departamento e fui andando, não tinha nenhuma parede que indicasse que o lugar onde eu fui era proibido. De repente, um funcionário olhou para mim e falou: ‘O que você está fazendo aí?’. Falei: ‘Estou olhando as coisas’. ‘Aí não pode entrar’. ‘Não tem nada que indique que eu não possa entrar’. Aí ele falou assim: ‘Eu sei muito bem o que você está querendo’. ‘Não, espera aí, você está falando de um jeito, deduzindo que estou querendo roubar alguma coisa’. Ele falou: ‘É isso mesmo'”, recordou.
Bauraqui disse ainda ter ficado sem reação com o flagrante ato racista do qual foi vítima.
“Falei: ‘Você não pode falar assim comigo’. Ele falou uma frase que ficou ecoando na minha cabeça por muito tempo: ‘Mas você é quem?’. Eu fiquei pensando: ‘Eu sou quem?’. Hoje em dia, se ele falasse comigo hoje, não falaria, possivelmente, eu tenho como provar, mas na época eu era tão ingênuo, porque eu não consegui me defender. Eu fiquei calado, fui para casa pensando sobre tudo isso”, contou ele.
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