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Feminejo tem várias mudanças 1 ano após morte de Marília Mendonça

A morte de Marília Mendonça completa um ano neste sábado (5/11) e o Metrópoles analisou o cenário do feminejo e da sofrência

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Na imagem colorida, uma mulher está posicionada no centro. Ela tem longos cabelos loiros e posa para a camera
1 de 1 Na imagem colorida, uma mulher está posicionada no centro. Ela tem longos cabelos loiros e posa para a camera - Foto: Reprodução/ Instagram

Em 5 de novembro de 2021, o Brasil parou com a queda de um avião nos arredores da cachoeira da Piedade, em Caratinga (MG). O acidente chamou ainda mais atenção por carregar uma artista de apenas 26 anos, no auge da carreira: Marília Mendonça. A morte da Rainha da Sofrência enlutou o país, mas não permitiu que o legado da sertaneja se esvaísse. Neste sábado (5/11), exatamente um ano após a perda da cantora, seu canto segue rompendo fronteiras e batendo recordes de streams nas plataformas digitais.

As letras sofridas que traziam um olhar feminino sobre relacionamentos, a voz potente, a presença de palco, a simpatia. Marília Mendonça deixou muitas marcas em quem acompanhava o trabalho dela e também foi exemplo para diversas artistas que almejavam o topo das paradas. 

Muitas mudanças aconteceram na cena femineja desde que sua principal representante deixou os palcos. Enquanto algumas intérpretes seguiram a receita de cantar o sofrimento pelo olhar da mulher, outras decidiram explorar diferentes estilos musicais. Entre cantoras conhecidas e novidades, uma coisa é certa: o cenário do sertanejo feminino não é o mesmo encabeçado por Marília Mendonça até o ano passado.

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A cantora Ana Castela
Yasmin Santos
Lauanna Prado
Alexia Reis e dupla Maiara & Maraisa
Luiza Martins
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Maiara & Maraisa

Foto: Régis Velásquez/Especial Metrópoles
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A cantora Ana Castela

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Yasmin Santos

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Lauanna Prado

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Alexia Reis e dupla Maiara & Maraisa

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Luiza Martins

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Show Simone Mendes no centro de tradições nordestinas em São Paulo

Foto: Marcelo Sa Barreto / AgNews

As Patroas de Marília Mendonça

Para Silvia Colmenero, assessora de imprensa da Workshow e amiga de Marília Mendonça, a cantora “parecia pressentir” a tragédia quando decidiu gravar o projeto Festa das Patroas 35% com a dupla Maiara & Maraísa, o último lançado com as melhores amigas. “Ela parou tudo para tocar esse projeto”, lembra.

No álbum lançado 20 dias antes da morte da cantora estão hits como Esqueça-me Se For Capaz, Todo Mundo Menos Você, Presepada e Motel Afrodite. O trabalho do trio é um dos destaques de indicações do Grammy Latino deste ano, que ocorre em 17 de novembro, e concorre como Melhor Álbum de Música Sertaneja, disputando com nomes consagrados como Chitãozinho & Xororó e Matheus & Kauan.

As gêmeas continuam como um dos principais destaques do feminejo. Embora a turnê de Festa das Patroas tenha sido cancelada, elas apresentaram homenagens para a artista em diferentes shows e agora se preparam para lançar um novo trabalho. No próximo dia 11,  as cantoras gravam o DVD Identidade, em São Paulo, que deve chegar às plataformas digitais no começo de 2023. 

Sucesso jovem

Com apenas 18 anos, Ana Castela saiu do anonimato e alcançou o topo das paradas musicais em 2022 com o hit Pipoco, que canta com Melody e tem mixagens do DJ Chris No Beat. A música, que tem mais de 100 milhões de streams no Spotify, foi a música mais ouvida da plataforma em julho deste ano. 

A cantora mistura o sertanejo romântico com versões mais dançantes e tem conquistado cada vez mais visibilidade. Desde o sucesso Pipoco, ela fez outros quatro feats, como Ô Lá na Roça, como Felipe e Murillo, e a recente Bombonzinho, com Israel & Rodolffo. 

A nova Marília Mendonça? 

Prestes a fazer um ano da morte da sertaneja, a Workshow lançou uma nova voz feminina — a primeira do período. Alexia Reis tem 20 anos e, assim como Marília, também é compositora. No primeiro lançamento, Você e Ela, a jovem tem a companhia de Maiara & Maraísa. “A voz dela é marcante e ainda tem o dom da caneta; compõe como poucos”, analisou o CEO da WorkShow, Wander Oliveira, à coluna Leo Dias.

Na letra, Alexia Reis segue a linha da Rainha da Sofrência e lamenta ver um ex em um novo relacionamento. “Agora é você e ela/ A boca que era minha, agora é dela/ E eu tenho que lidar com esse sentimento/ Tenho que estancar essa ferida porque tá doendo”, diz o refrão da música. 

Sofrência a la Marília Mendonça

Outros nomes que chamaram atenção no feminejo foram Lauana Prado e Yasmin Santos. Você provavelmente cantou, e sofreu, ao som de Cobaia, afinal, como não sofrer ouvindo esse pedido: “Quando for beijar alguém, testa esse beijo em mim! Antes de amar, meu bem, testa esse amor em mim”.

A música que Lauana Prado canta com Maiara & Maraísa é um dos sucessos marcantes da carreira da cantora. Entre os outros hits fáceis de reconhecer estão as letras Viva Voz e Zap, que mostram a diversidade da artista que brinca com o romance sertanejo em letras de sofrimento, mas também de volta por cima. 

E por falar em romance e feminejo, outro nome para prestar atenção é Yasmin Santos. Com uma voz jovem e forte, ela é a responsável por Saudade Nível Hard e conta com um feat com Marília Mendonça na música Para Pensa e Volta.

“Eu tô rodando a cidade
Tô dentro do carro
Pensando em você
Morrendo de saudade
Tô lembrando da briga
Ouvindo Marília
Meu deus que vontade
Que eu tô de te ouvir
Te sentir e depois te ver batendo a porta
Para, pensa e volta”

Agora a cantora trilha um caminho para novos sucessos. Esta semana ela lançou o projeto Ao Vivo em Goiânia, que tem 21 músicas. Na lista de novidades ela traz Ciclo Vicioso, feat com Bruno & Marrone; Dói Saber, parceria com Hugo & Guilherme; e Não Quero Ser Mais Eu. 

“Eu vou seguir carreira solo”

Nem todas as mudanças do sertanejo feminino foram momentos felizes em 2022. Um dos episódios mais marcantes do ano foi a separação da dupla Simone e Simaria, fortes representantes da cena desde quando estouraram com a música Quando O Mel É bom, há sete anos. Agora, as irmãs seguem rumos diferentes e, por enquanto, apenas Simone segue na música. 

O primeiro show da cantora ocorreu no último dia 1º e segue a linha romântica que as consagrou como dupla. No set, músicas que fizeram parte da carreira das irmãs, mas com promessas de novas músicas em breve. 

Quem também lançou a carreira solo este ano foi Luiza Martins, que fazia dupla com Maurílio. Os novos rumos da artista foram desenhados pela morte do cantor, que morreu quase 15 dias após sofrer um infarto durante a gravação do DVD Não é o Fim do Mundo, dos brasilienses Zé Felipe e Miguel.

A volta da artista foi marcada pela gravação do DVD Continua, realizada em Brasília no fim de setembro. “Este novo trabalho caracteriza o meu retorno após perder meu parceiro. É um trabalho realizado com muito esforço, carinho e autenticidade. Eu acredito que esse é o melhor repertório da minha vida”, afirmou na época.

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