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Mostra na CAL reflete sobre a história do Instituto de Artes da UnB

“Manual de Sobrevivência de Breves Utopias” reúne obras de artistas de diferentes gerações que atuaram ou atuam como professores no IdA

atualizado

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“Quando o Congresso Sai de Cena”/Marília Rodrigues
Marilia Rodrigues
1 de 1 Marilia Rodrigues - Foto: “Quando o Congresso Sai de Cena”/Marília Rodrigues

Obras de 22 artistas  que lecionaram ou ainda lecionam  no Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IdA/UnB) compõem “Manual de Sobrevivência de Breves Utopias”, mostra que fica em cartaz até o próximo dia 21/8 nas galerias da Casa da Cultura da América Latina da UnB, no Setor Comercial Sul.

Entre desenhos, pinturas, instalações, fotografias, gravuras, objetos, esculturas e azulejaria, há trabalhos de ex-professores, como Alcides da Rocha Miranda, Athos Bulcão, Leo Dexheimer, Maciej Babinski e Marília Rodrigues — que pediram afastamento da UnB à época da ditadura militar –, e de professores do atual quadro do IdA, a exemplo de Gregório Soares, mais jovem professor do Instituto.

A curadoria da mostra também foi dividida entre representantes de diferentes gerações: Atila Regiani, jovem professor do Departamento de Artes Visuais da UnB, e Grace Machado de Freitas, professora aposentada e primeira diretora do Instituto.

Mudanças e enfrentamentos
O IdA/UnB foi criado em 1962, pelo arquiteto Alcides da Rocha Miranda, que queria mudar o ensino das artes no Brasil. O Instituto teria a função de dar à comunidade do Distrito Federal a oportunidade de experiência e de apreciação artística, despertar vocações, incentivar a criatividade e “formar plateias esclarecidas”.

No entanto, a partir do golpe militar de 31 de março de 1964, a UnB ficou na mira do novo como foco de subversão. O IdA sofreria o impacto desse período de grande desgaste para a universidade. Foram várias mudanças e enfrentamentos até o Instituto retomar, em 1988, a autonomia perdida nos anos de ditadura.

Relação entre arte e política
O objetivo de “Manual de Sobrevivência de Breves Utopias” é pensar a relação entre arte e política  na produção dos artistas ali reunidos. “A utopia do passado fracassou, e temos que pensar a utopia do presente e também a do futuro”, afirma Atila, que também tem obra incluída na mostra.

Também integram a exposição trabalhos de Andrea Capi, Corpos Informáticos, Douglas Marques de Sá, Elder Rocha, Elyezer Sturm, Gregório Soares, Miguel Simão, Nelson Maravalhas, Nivalda Assunção, Oscar Niemeyer, Orlando Luiz, Rubem Valentim, Ruth Sousa, Silvio Zamboni, Stella Maris de Figueiredo e Vicente Martinez.

 “Manual de Sobrevivência de Breves Utopias”
Até 21/8 (domingo). Segunda a domingo, das 9h às 19h. Na Casa da Cultura da América Latina da UnB — CAL (Setor Comercial Sul, Quadra 4, Edifício Anápolis, 3321-5811). Entrada franca. Classificação indicativa livre.

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