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Lêda Watson completa 50 anos de arte e anuncia mudanças na carreira

Gravurista responsável pela criação do Museu de Arte de Brasília está preparando uma nova exposição individual

atualizado

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Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles
Brasília (DF), 04/10/2017  50 anos de carreira Leda Watson  Local:  Lago Sul QL 8 conjunto 2 casa 8  Foto: Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 04/10/2017 50 anos de carreira Leda Watson Local: Lago Sul QL 8 conjunto 2 casa 8 Foto: Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

A gravurista Lêda Watson está completando 50 anos de carreira neste ano. Nascida nos Estados Unidos, passou a juventude no Rio de Janeiro e teve formação na Escola de Belas Artes de Paris (França), acolheu Brasília como cidade para fincar raízes em 1973. Apesar de fazer um panorama negativo sobre as artes da atualidade, segue ativa na produção de gravuras.

Com obras em espaços como o Museu Nacional de Brasília e a Biblioteca Nacional de Paris, Lêda foi uma das figuras mais importantes na construção de um cenário artístico na capital. Ela, inclusive, atuou vigorosamente na criação do Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado em 2007 por danos estruturais e com reabertura marcada para o ano que vem.

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Vinda de uma família de artistas, Lêda sempre teve contato próximo com arte
Cerca de 420 pessoas já passaram por seu ateliê
Lêda Watson e a escritora Marina Colasanti eram colegas no curso de Professariado em Desenho da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Lêda desistiu do curso para se casar e morar na Suíça.
A artista é especializada em gravuras em metal e já recuperou algumas chapas históricas
Lêda se mudou para a capital em 1983 por conta de seu marido, que era diplomata, e resolveu permanecer na cidade mesmo após o divórcio
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"Me encontrei na arte da gravura", afirma Lêda Watson

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Vinda de uma família de artistas, Lêda sempre teve contato próximo com arte

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles
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Cerca de 420 pessoas já passaram por seu ateliê

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Lêda Watson e a escritora Marina Colasanti eram colegas no curso de Professariado em Desenho da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Lêda desistiu do curso para se casar e morar na Suíça.

Arquivo Pessoal
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A artista é especializada em gravuras em metal e já recuperou algumas chapas históricas

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Lêda se mudou para a capital em 1983 por conta de seu marido, que era diplomata, e resolveu permanecer na cidade mesmo após o divórcio

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Um dos projetos de Lêda na capital foi o "Ateliê Aberto", em que convidava artistas e interessados na área a visitarem ateliês de pioneiros da cidade

Arquivo pessoal
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"Arte não é elocubração, é fazer", conclui a artista.

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Nova exposição
Em entrevista ao Metrópoles, a artista afirma que tomou três decisões para comemorar os 50 anos de carreira. A primeira foi dar o pontapé inicial de uma exposição individual no Museu de Brasília para o ano que vem.

“Tentei conseguir um apoio pelo FAC, mas meu projeto não foi aprovado. Acho que preferem os artistas novinhos”, desabafa. Ainda assim, ela busca uma parceria com o Wagner Barja, diretor do museu, para que a mostra aconteça.

Não vou desistir de apresentar minhas obras. O povo brasiliense não pode se esquecer dos artistas pioneiros

Lêda Watson

A segunda decisão diz respeito à produção de um catalogo com todas suas produções realizadas de 2008 até hoje. “Eu já publiquei um livro há cerca de dez anos e, mesmo assim, diversos amigos insistem que eu faça um novo. Vamos ver se fica legal”, conta.

Confira algumas de suas obras:

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"Sem título"
"Le Matin"
"Le Poisson Rouge" (1973)
"Sonhos Impossíveis" (1976)
"Árvore da Vida" (1996)
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"E as Folhas Vão Caindo" (1979)

Reprodução
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"Sem título"

Reprodução
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"Le Matin"

Reprodução
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"Le Poisson Rouge" (1973)

Reprodução
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"Sonhos Impossíveis" (1976)

Reprodução
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"Árvore da Vida" (1996)

Reprodução
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"Respostas Sem Perguntas" (1979)

Reprodução

 

Mudança de rumos
A terceira decisão será considerada infeliz por muitos artistas iniciantes da capital. Após 30 anos dando aulas em seu ateliê localizado no Lago Sul, ela não abrirá novas turmas. “Estou cansada. Vou focar em meus próprios projetos, que estão parados há alguns meses”, revela.

Ela soma 420 artistas treinados ao longo dessas décadas, que hoje se encontram atuantes na capital e em diversos países. “Acredito que sou a única gravurista do país que abre o próprio ateliê para alunos”, diz, com orgulho.

Apesar de olhar para sua trajetória com carinho, Lêda tem uma perspectiva negativa sobre a produção artística atual. “Tem muita gente fazendo coisa boa hoje, mas tem mais gente fazendo coisa ruim e mesmo assim sendo aplaudido. É difícil de entender”, avalia.

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