Fernando Botero, artista colombiano, morre aos 91 anos
Além de ser conhecido como o pintor dos gordinhos, Fernando Botero atuou como ilustrador e produziu esculturas de bronze
atualizado
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Nascido em Medellín, na Colômbia, em 1932, Botero era considerado autodidata. Ele começou a sua carreira no jornal El Colombiano, no fim da década de 1940. O estilo de trabalho do pintor foi muito influenciado por Piero della Francesca, a partir dos estudos sobre as obras do italiano quando Botero ainda tinha 25 anos.
Por muito anos, ele foi considerado um dos maiores artistas vivos, por causa de sua fama e popularidade. Ele era reconhecido principalmente por suas pinturas com cores luminosas e esculturas de bronze, exibidas em diversas capitais do mundo.
Pintor dos “gordinhos”
Por causa de seu estilo de pintura, Botero ficou conhecido como “pintor de gordinhos”. Ao ser questionado sobre o assunto, o artista explicou a sua arte. “Não pintei uma única gorda em minha vida. Expressei o volume, busquei dar protagonismo ao volume, torná-lo mais plástico, mais monumental, quase uma comida, por assim dizer, arte comestível. A arte deve ser sensual, digo nesse sentido”, disse.
Nos anos 1970, durante um acidente de caminhão, Botero viu seu filho Pedro, de 4 anos, morrer. Na ocasião, ele perdeu parte da mão direita e precisou passar por fisioterapia.
Em 2011, o colombiano teve uma exposição individual em São Paulo, intitulada Dores da Colômbia. Entre as artes trazidas ao Brasil, Botero representou críticas referentes à violência em seu país, como o narcotráfico e as disputas entre guerrilheiros, militares e políticos.
O pintor morreu cinco meses depois de sua esposa, Sophia Vari, e deixa três filhos.