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Do drive-thru ao Instagram: arte cria novas formas de exposição na pandemia

Por conta do isolamento social, artistas e galeristas apostam em soluções criativas para fugir da crise

atualizado

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DriveThruArt
1 de 1 DriveThruArt - Foto: Divulgação

O mercado do entretenimento, como um todo, passou por transformações desde a eclosão da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Cinema voltou ao drive-in, show virou live e teatro agora tem palco virtual. Mas e as artes plásticas? O setor também tem tentado soluções criativas em meio à crise.

Do drive-thru a mostras virtuais, as artes plásticas buscam se reinventar para manter viva. No Distrito Federal, por exemplo, um grupo promoveu um leilão virtual, 100% realizado pelas redes sociais.

O isolamento social, medida de prevenção ao coronavírus, atingem em cheio museus e galerias de arte. Afinal, uma das formas de conservação das obras é colocá-las em ambientes fechados e com controle de luminosidade e temperatura.

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), coordenado pelas professoras Andrea Campos de Sá e Lynn Carone, desenvolveram duas mostras digitais. São a Inst.ante e a (in)tangível), que podem ser acessadas via Instagram: @materia_sensivel e @instante_expo.

As exposições, que começaram em 20 de julho, discutem questões de materialidade e imaterialidade, além de debater a intimidade de cada artista.

“O mercado de exposições e todo o mercado em geral sofreu. Estamos vivendo algo muito diferente e desafiante. Os espaços virtuais têm sido uma alternativa, uma adaptação e também uma nova tendência, por que estamos num momento de mudança de paradigma, ainda não sabemos como será o desfecho de tudo isso, mas certamente, algumas coisas não serão mais como eram antes”, avalia a professora Lynn Carone.

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Ângelo Delico – Máscara
Bárbara Moreira – Por Entre as Frestas
Denize Passos - Céu
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Taro – Toda Arte É Transgressora

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Ângelo Delico – Máscara

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Bárbara Moreira – Por Entre as Frestas

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Denize Passos - Céu

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“No caso da nossa iniciativa, foi criada uma visita guiada dentro de uma exposição 3D, para dar a sensação de estar no ambiente tridimensional! A adaptação vai caminhando entre vantagens e desvantagens. Você pode participar de casa, revisitar a exposição quantas vezes quiser e muito mais gente pode participar e mostrar seus trabalhos. Agora, há muitos desafios, como adaptar uma mostra ao Instagram, ao Facebook, site, blog… qual mídia possibilita mais visitação? Como usar essas mídias? Enfim, requer uma alfabetização constante”, conclui a professora.

Nesta quinta-feira (23/7), o Museu de Arte de São Paulo (Masp) abre a mostra Hélio Oiticica: A Dança na Minha Experiência, com exibição de 126 trabalhos do artista pelas redes sociais. No Distrito Federal o Museu da República tem utilizado as redes sociais para divulgar obras e mostras.

Drive Thru de arte

Assim como ocorreu na música, as artes plásticas criaram uma forma de eventos presenciais usando o carro como protagonista. Em São Paulo, nasceu a DriveThru.Art, no espaço ARCA, no qual é possível visitar a exposição com uma automóvel.

O conceito do projeto, idealizado por Luis Maluf (Luis Maluf Art Gallery), Mauricio Soares e Mário Sérgio Albuquerque (ARCA), é aos moldes do empregado na gastronomia. De dentro do carro, o público passeia pelos corredores da galeria, vê obras e alimenta o espírito.

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Obra de Crânio
Obra de Gian Lucca Ewbank
Nunca Haverá Silêncio, de Patrick Rigon
Ofélia Muduruku, de Raquel Brust
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Carne Viva, de Luiz Escañuela

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Obra de Crânio

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Obra de Gian Lucca Ewbank

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Nunca Haverá Silêncio, de Patrick Rigon

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Ofélia Muduruku, de Raquel Brust

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“DriveThru.Art é essa forma de reviver a experiência de visitar uma exposição e ver as obras de perto”, provoca Luis Maluf. “A arte tem o poder de desafiar o status quo, repensar e recriar os espaços e, ao observar o cenário pandêmico que atravessamos, vivendo experiências online a todo momento, pensamos em uma saída para que o público possa visitar a mostra pessoalmente, mas sem se expor à contaminação do Covid-19”, completam Mauricio Soares e Mário Sérgio Albuquerque.

A curadoria realizada por Luis Maluf elegeu artistas que trabalham em torno de questões latentes na contemporaneidade, como reflexões sociais, a importância da representatividade das mulheres negras e a urgência à preservação do meio ambiente. São pinturas, vídeos e fotografias de nomes consolidados na cena da arte contemporânea e coletivos criados na pandemia: Acidum Project, Apolo Torres, Crânio, Criola, Edu Cardoso, Felipe Morozini, Gian Luca Ewbank, Hanna Lucatelli, Juneco Marcos, Luiz Escañuela, Nathalie Edenburg, Patrick Rigon, Raquel Brust, Ruas do Bem, Thasya Barbosa, Vermelho Steam, Vinicius Meio e Vinicius Parisi.

DriveThru.Art
Até 9 de agosto, na ARCA ( Avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, São Paulo). Informações ao público no site

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