Veja sete exposições em Brasília no mês de fevereiro
Há programação variada, com discussões sobre xilogravura, esculturas e mostra dedicada à artista Nilce Eiko Hanashiro
atualizado
Compartilhar notícia
Fevereiro começa com uma agitada programação no mundo das artes plásticas do Distrito Federal. Espaços tradicionais e galerias movimentam a cidade, oferecendo acesso a diversas expressões artísticas e visões de mundo.
O Museu Nacional da República (Eixo Monumental) abriga, neste mês, palestras, rodas de conversa e duas exposições: de diferentes enfoques. A trajetória de Nilce Eiko Hanashiro divide espaço com as esculturas de Armarinhos Teixeira.
O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, tradicional polo de arte e provocações da capital, recebe a exposição 50 anos de realismo, em alusão ao movimento artístico. Veja a lista de sete exposições e eventos de artes plásticas em cartaz na cidade.
Palestra com curadores
Neste sábado (2/2), ocorre no Museu da República palestra com os curadores da exposição A Xilogravura Popular: Xilógrafos, Poetas e Cantadores. Na mesma data, ocorrerá o lançamento do catálogo da mostra, que encerra a exibição no domingo (3).
A exposição reúne 300 xilogravuras, além de matrizes de xilogravuras e álbuns de cordel. Por meio desse acervo, selecionado pelos curadores Edna Pontes e Fábio Magalhães, a história da cultura popular nordestina é explorada.
Neste sábado (2), no Museu Nacional da República (Eixo Monumental), a partir das 18h. Entrada gratuita
Antologia artística
O Museu Nacional recebe a exposição Antologia de Nilce Eiko Hanashiro. A curadoria de Fernando Cocchiarale e Gladstone Menezes promove uma retrospectiva da carreira de uma das mais expressivas artistas de Brasília, cuja obra é múltipla, diversa e plena de singularidades.
Falecida em 2015, Hanashiro deixou um imenso acervo, que inclui desenhos, fotografias, objetos, instalações e registros de performances produzidos ao longo de quatro décadas. “Sou amigo da Eiko e da família desde a década de 1970 e pude acompanhar grande parte de sua carreira, principalmente após o final dos anos 1980, quando ela trocou o desenho pelas linguagens mais contemporâneas. Todo o material ficou sob minha responsabilidade e futuramente fará parte do acervo de museus e instituições em Brasília, Curitiba e no Rio de Janeiro”, conta Gladstone.
Antologia é composta por documentos, como fotografias de viagens, negativos fotográficos, diplomas e certificados e alguns objetos pessoais. Todo esse acervo foi digitalizado, catalogado e fichado, resultando, também, em um rico material de pesquisa.
No Museu Nacional da República, de 6 de fevereiro a 31 de março, de terça a domingo, das 9h às 18h30. Mais informações: (61) 3325-5220. Classificação indicativa livre
Obras provocantes
A exposição Colônia, de Armarinhos Teixeira, entra em cartaz nesta quinta-feira (7). Na mostra, serão apresentadas 12 esculturas inéditas de grande porte, todas produzidas in loco pelo artista.
Na execução das obras, o artista opta pela utilização de materiais incomuns à escultura, como, mantas de poliéster, aço e borracha, fardos de algodão não beneficiado, argila e couro. Associada à técnica de Armarinhos, os insumos integram-se ao seu processo criativo. “São materiais fora de circulação social”, resume.
Entre as peças em exposição, algumas chegam a medir sete metros de altura. São obras feitas para causar estranhamento, na busca do fascínio do espectador. “É como se ele tomasse posse do lugar, colonizando esse território com suas ideias e formas”, declara Marcus Lontra, curador da mostra.
No Museu Nacional da República, de 7 de fevereiro a 10 de março, de terça a domingo, das 9h às 18h30. Mais informações: (61) 3325-5220. Classificação indicativa livre
Roda de conversa
A Roda de Conversa sobre as exposições Por Sobre o Tempo/ Cristal Corpo/ Flutua será neste sábado (2), às 15h, no auditório 2 do Museu Nacional. A mostra sai de cartaz no domingo (3). O espaço de diálogo sobre as obras reunirá os artistas Carlos Praude e Rita de Almeida Castro, além das professoras Christine Greiner e Suzete Venturelli.
Neste sábado (2), no auditório 2 do Museu Nacional da República (Eixo Monumental), a partir das 15h. Entrada gratuita
Ode ao realismo
O Centro Cultural Banco do Brasil recebe a exposição 50 Anos de Realismo – do Fotorrealismo à Realidade Virtual. Com curadoria de Tereza de Arruda, a coleção conta com cerca de 90 obras das últimas cinco décadas, entre pinturas, esculturas, vídeos e instalações interativas de 30 artistas internacionais e brasileiros.
A mostra é dividida em etapas, ou seja, de acordo com as épocas em que cada obra foi produzida. Entre os artistas destacados, está o inglês John Salt, que retrata em suas pinturas paisagens suburbanas ou parcialmente rurais do país. Outro nome é o do norte-americano Ralph Goings, cujas obras a óleo e aquarelas frequentemente representam o estilo de vida da classe operária americana. O zimbabuano Craig Wylie também está na mostra e é conhecido pela surpreendente profundidade psicológica de seus retratos.
De 5 de fevereiro a 28 de abril, no Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Trecho 2). Terça a domingo, das 9h às 21h. Entrada franca. Classificação indicativa livre
Sinos e percepção
A artista visual carioca Ursula Tautz traz a mostra O Som do Tempo para a Referência Galeria (202 Norte). No projeto, ela cria uma experiência artística de imersão em nossa história por meio do badalar dos sinos.
A criativa proposta é resultado de uma viagem realizada em 2014 à Polônia, terra natal de sua avó materna. Ali, conta a artista, ela permaneceu hospedada em um convento durante o período de Corpus Christi, tendo por companhia constante o som dos sinos.
De volta ao Brasil, passou a investigar sobre o instrumento criado na China há pelo menos 4.600 anos e utilizado como meio de comunicação.
De 4 a 9 de fevereiro, na Referência Galeria Acervo (202 Norte, Bloco B, Loja 11). Mais informações no telefone (61) 3963-3501. Entrada gratuita. Classificação indicativa livre
A forma do aço
O artista plástico Pedro Miranda está com a exposição Esculturas em Aço Naval. A forma ganha o ferro com beleza e leveza. Ou como define o artista, “a forma é a capa onde a memória grava as suas lembranças”.
Pedro Miranda é um artista plástica multifacetado: já foi ator, pintou quadros e esculpiu em madeira. Tem peças espalhadas pelo mundo, como Bruxelas, na Bélgica, e em Tóquio ou Kobe, no Japão.
Até 28 de fevereiro, no Espaço Renato Russo (508 Sul). Todos os dias, das 10h às 20h. Entrada franca