Cinco exposições movimentaram o circuito cultural do DF em 2016
Frida Kahlo, Piet Mondrian, Ralph Gehre e Los Carpinteros estão entre os principais nomes que passaram pelas galerias da capital neste ano
atualizado
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Apesar da crise econômica e política ter se acentuado no país durante 2016, as galerias de arte da capital foram marcadas por bons momentos ao longo do ano. Além de apresentar verdadeiras retrospectivas de artistas nacionais e locais, os centros de exposições da cidade receberam trabalhos de nomes internacionais, como a mexicana Frida Kahlo e o holandês Piet Mondrian.
Relembre a passagem de cinco grandes exposições que se destacaram em Brasília durante este ano:
“Frida Kahlo — Conexões entre Mulheres Surrealistas no México”
Entre 12 de abril e 12 de junho, a Caixa Cultural recebeu a exposição “Frida Kahlo — Conexões entre Mulheres Surrealistas no México”. Com curadoria de Teresa Arc, ex-curadora do Museu de Arte Moderna do México, foram apresentadas 100 obras de 16 artistas mulheres surrealistas, sendo maioria delas mexicanas. Entre elas, Maria Izquierdo, Remedios Varo e Leonora Carrington.
“Mondrian e o movimento De Stijl”
No aniversário da capital, 21 de abril, os moradores da cidade receberam de presente a exposição “Mondrian e o movimento De Stijl”. A mostra, que ocupou todas galerias do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), trouxe 70 peças artísticas (pinturas, mobiliários e livros) que fazem parte do movimento de vanguarda europeu. Nela estavam presentes 30 obras de Piet Mondrian, o maior conjunto do artista holandês a desembarcar na América Latina. Boa parte do acervo montado em Brasília veio do Museu Municipal de Haia, na Holanda.
“Djanira – Cronista de Ritos, Pintora de Costumes”
O Museu dos Correios, em junho, montou uma ampla mostra da paulista Djanira da Motta e Silva. Cerca de 120 obras produzidas entre 1940 e 1979, selecionadas pela curadora Daniela Matera, em “Djanira – Cronista de Ritos, Pintora de Costumes”.
Djanira — como ficou conhecida — foi uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras do século 20. Através de sua pintura, lançava um olhar quase antropológico sobre o nosso povo. Usava os pincéis para registrar cenas do cotidiano, de lazer e do sincretismo religioso.
Perto de completar 64 anos, Ralph Gehre comemorou um momento importante da carreira na exposição “Recluso – Oficinas Verso”. A mostra, aberta em 5 de outubro no Museu Correios, traçou um panorama da obra do artista (desenhos, pinturas, fotografias, objetos e livros) radicado na capital ao longo de quatro décadas.
Transitando entre trabalho autoral e curadoria, Gehre acredita que a persistência o trouxe até esse estágio: o de um artista que expõe desde os anos 1980 e construiu uma carreira produtiva e constante. Atualmente, ele é um dos principais professores de arte da Universidade de Brasília (UnB).
“Los Carpinteros: Objeto Vital”
A arte da América Latina também teve vez nesse ano. A mostra “Los Carpinteros: Objeto Vital” faz uma retrospectiva pela obra do grupo cubano tocado por Dagoberto e seu conterrâneo Marco Castillo.
As esculturas da dupla são inusitadas e irônicas, com múltiplos significados, que colocam em xeque as mudanças que ocorreram no continente durante as últimas décadas. Aberta ao público geral no CCBB desde 2 de novembro, as visitas podem ser realizadas até o dia 15 de janeiro.