Azul Rodrigues apresenta exposição inédita no Museu da República
Artista de 22 anos de idade reúne um conjunto de 60 desenhos e vídeo-performance em primeira grande mostra individual da carreira
atualizado
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Desta sexta-feira (8/7) até o dia 28 de agosto, a sala 2 do Museu Nacional da República recebe a primeira exposição individual de Azul Rodrigues. A artista de 22 anos de idade apresenta 124 Córneas e Meridianos Imaginários, um conjunto de 60 desenhos e vídeo-performance inéditos.
As obras são baseadas em estudos de observação e exercícios sobre o autorretrato. As divisões realizadas nos desenhos são intuitivas, a partir da experiência tátil, visual e da troca de energia entre autor e modelo.
“Comecei a estudar anatomia humana antes da faculdade e não tinha referência de imagem, tinha apenas um mapa de estudo dos meridianos do corpo que achava muito interessante. Ele explica sobre as linhas imaginárias e espelhadas que dividem e mapeiam o corpo entre pesos, medidas e balanços. Também fala de zonas energéticas que podem indicar outras coisas. Desde então, comecei a explorar essa ideia”, disse a artista.
Em 124 Córneas e Meridianos Imaginários, propõe uma anatomia que não seja apenas de carne, osso, volumes e proporções, mas com sentimentos estampados nos quadros. Frutos de imaginação, reflexo ou observação, as representações ganham um tom próprio com as cores utilizadas.
“Nesta hora, eu não levava em conta os métodos. Via as cores nas pessoas e não fazia referências. Vermelho não era raiva, podia ser de tranquilidade. Trabalhei com uma alfabetização mais livre das cores, demonstrando que elas podem ter outros significados além dos primários estabelecidos em nossa consciência”, explica Azul.
Baseada em pilares como as linhas, o corpo, a representação bidimensional e a mimese, Rodrigues trabalha com a arte desde a infância. Começou a desenhar antes mesmo de falar e sempre teve facilidade para se expressar dessa maneira. Evoluiu com o avançar do tempo e se encontrou no curso de Artes Visuais da Universidade de Brasília, com oportunidades e aprendizados.
“Estou anestesiada. É um sentimento engraçado, o Museu é um lugar emblemático e vai ser importante para a minha formação como artista. Durante 10 anos eu passei pelo Museu e, mesmo vendo ele todos os dias e tendo uma relação muito próxima com a arte, nunca pensei que realizaria uma exposição lá. Era algo místico para mim, nunca me imaginei como autora de uma exposição no local, até por ser muito jovem. É especial.”
Segundo representantes da Galeria Index, que promove a mostra no Museu Nacional da República, a artista é uma grande promessa. Responsável pelo texto crítico da exposição, o artista e pesquisador Wagner Barja definiu o trabalho como transcendente, disruptivo e inovador.
Serviço
124 Córneas e Meridianos Imaginários
Desta sexta (8/7) até o dia 28 de agosto. Visitações de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30, no Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul, Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Entrada franca.
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