Arte pós-pandemia: veja programação dos museus abertos em Brasília
Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e regras sanitárias, os brasilienses podem conferir mostras renomadas
atualizado
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Após quase sete meses fechados, devido à pandemia da Covid-19, os museus de Brasília administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e por outras instituições voltaram a abrir as portas. Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e regras sanitárias para evitar o contágio do novo coronavírus, os brasilienses podem conferir, já a partir deste fim de semana, exposições de artistas renomados como Chiharu Shiota, Josafá Neves e Melvin Edwards.
De acordo com o secretário Bartolomeu Rodrigues, a retomada gradual dos espaços culturais do DF faz parte do conjunto de decisões adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF), garantindo para a população opções seguras de consumir cultura. “Algo tão vital para o ser humano”, explica o gestor.
Para ajudar o leitor, o Metrópoles fez um roteiro dos espaços abertos e das mostras em cartaz: Confira a programação completa:
Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Esportivo Sul)
A exposição Linhas da Vida, de Chiharu Shiota, marca a reabertura do espaço físico do CCBB, realizada na última terça-feira (22/9). Com curadoria de Tereza de Arruda e produção da Base7 Projetos Culturais, a mostra reúne trabalhos de diferentes momentos de sua trajetória e até uma instalação inédita, inspirada no povo brasileiro.
O público vai poder conferir grandes instalações inéditas, entre elas, a Linha Interna (2019), composta por três grandes vestidos vermelhos, além de cerca de 10 mil fios penduradas verticalmente, totalizando mais de 34 quilômetros de material. A exposição fica em cartaz até o dia 6 de dezembro, com visitação de terça a domingo, das 9h às 17h. Mediante agendamento gratuito on-line pelo aplicativo ou site da Eventim.
Museu Nacional da República (Eixo Monumental)
Josafá Neves — Orixás: quem for ao Museu Nacional, aberto de sexta a domingo, das 10h às 16h, irá conferir a exposição Josafá Neves — Orixás. A mostra reúne a simbologia e as cores que caracterizam a força mística de 16 orixás cultuados no Brasil. Composta por esculturas, pinturas a óleo sobre tela e instalações, o trabalho do artista brasiliense traduz a mitologia africana em uma narrativa poética, respeitando a representação emblemática das divindades presentes na cultura afro-brasileira.
Aurelino Santos — Construção Obsessiva: baiano autodidata e diagnosticado com transtorno mental, Aurelino dos Santos tem obras comparadas a modernistas brasileiros do porte de Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi. Na mostra em cartaz no Museu Nacional, os amantes de arte vão conferir um grande parte das criações do artista.
Melvin Edwards: em sua terceira temporada nacional, Melvin Edwards trata de temas delicados como segregação, preconceito, violência racial e escravidão. Compostas de correntes, ferramentas de ferro, arames farpados e peças de aço, as esculturas refletem o pensamento do artista, ao longo de quase seis décadas de pesquisa sobre ambiências relacionadas à opressão do povo negro.
Para evitar aglomeração de pessoas, o Museu Nacional da República está trabalhando com capacidade máxima de 30 pessoas. Além de adotar medidas sanitárias como o uso obrigatório de máscara e propé no carpete. Será feita, ainda, a medição de temperatura e disponibilização de álcool em gel.
Centro Cultural Três Poderes
Panteão da Pátria: dentre as atrações em cartaz, o equipamento cultural localizado no coração do Plano Piloto reabre com a exposição sobre a vida e trajetória política de Tancredo Neves, além do Livro de Aço dos Heróis da Pátria e o Mural da Liberdade de Athos Bulcão. O público vai poder conferir o painel Inconfidência Mineira, de João Câmara, e o vitral de Marianne Peretti.
Espaço Oscar Niemeyer: reaberto desde a última sexta-feira (25/9), o local apresenta a mostra Brasília em Linhas, composta por desenhos e pinturas do artista gráfico maranhense radicado na capital Jailson Belfort. Em função dos protocolos de segurança em relação à Covid-19, a visitação está restrita a 20 pessoas por vez no salão, de segunda a sexta, das 10h às 16h.
Espaço Lúcio Costa: para quem gosta da história de Brasília, o Espaço Lúcio Costa retoma com exposição sobre o Plano Piloto de Brasília, projetado pelo urbanista Lúcio Costa. Como uma verdadeira viagem no tempo, o visitante tem acesso a fotos e informações históricas, além de uma grande maquete da capital federal.
Museu da Cidade: retoma a sua exposição permanente, com frases talhadas no mármore branco que contam a história de interiorização da capital federal, desde o século 18 até a inauguração, em 1960.
Museu Vivo da Memória Candanga (Guará)
Poeira, Lona e Concreto: com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração em 1960.
O Cerrado de Pau de Pedro: esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista Seu Pedro. A mostra permanente homenageia o artista popular Seu Pedro de Oliveira Barros e reúne peças feitas com madeiras recolhidas no Cerrado.
Museu Histórico e Artístico de Planaltina (Planaltina)
O Museu Histórico e Artístico de Planaltina (MHAP) revive os anos 1980, quando foi palco de saraus e de grande movimentação cultural e por onde passaram grandes nomes da cena cultural do DF, entorno e de outros Estados. Entre as expressões artísticas apresentadas estão artes visuais, poesia, música, cinema, roda de conversa, performance, dança e teatro. Apresentam-se pelo projeto: Mamulengo sem Fronteiras; Keijin do Acordeon e Forró do Cerrado; Dani di Paula; Banda MMaRRul; Pilado de Barbatão; Daren; Caster Boorges e Trio; Cia Transições de Dança; Casa de Lafond; DJ Mica, Marcos Maciel Viola, Cantorios e Catira; Pedro Guian; e Guerra do Flow.
O Espaço Cultural Renato Russo. localizado na 508 Sul, segue fechado.