Arte e cidadania: alunos fazem grafite em ponto de ônibus do Lago Sul
Estudantes da Escola das Nações promoveram uma verdadeira reforma no equipamento público
atualizado
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A arte é sempre uma importante forma de promover a cidadania e a educação. No mundo contemporâneo, as intervenções urbanas ganham espaço nessa junção do lúdico e do pedagógico. Dessa união surgiu um projeto dos alunos da Escola das Nações, localizada na QI 21 do Lago Sul.
Sob a tutela das professoras Diana Bracarense e Neryangela Samoori, seis estudantes do terceiro ano do ensino médio da instituição promovem uma intervenção artística no ponto de ônibus localizado em frente ao colégio. Desde as 8h da manhã deste sábado (16/2), os alunos pintam o local com a orientação da grafiteira Marina Matinelli (061ink).
Ex-aluna da escola, a artista plástica conduz os alunos na execução da obra. “Começou como um projeto dentro da sala de aula, mas vimos que podemos fazer a diferença e ainda nos expressarmos artisticamente”, explica a estudante Helena Medeiros.
“O tema da pintura é liberdade de expressão. Sempre quando pensamos em fazer uma ação, arrecadamos alimentos e doações. Mas, desta vez, queríamos algo mais permanente. É uma ação que ajuda toda a comunidade”, diz o aluno Júlio Brito.
O ponto de ônibus que ganhou a obra de arte não se encontrava nas melhores condições. Apesar de a edificação estar sem danos, o equipamento era todo coberto de cartazes (inteiros e rasgados) de publicidade. Agora, tem uma pintura nova para chamar de sua.
Arte e cidadania
A professora de artes Diana explica que o principal alvo do projeto foi casar duas iniciativas estudantis. “Os projetos Colorindo Brasília e Meus Direitos, Meu Direito partiram dos próprios alunos. Apenas orientamos. O resultado [com a intervenção no ponto de ônibus] é uma forma prática de unir educação, arte e cidadania”, avalia.
A pintura, aprovada pela Administração do Lago Sul, começou às 8h e seguiu até as 12h. “Temos poucas aulas práticas de artes em que podemos pegar o pincel e fazer alguma coisa. Pensamos que, colocando coisas mais coloridas na rua, vamos estimular os jovens a pensar mais criativamente”, conclui Helena.
Para Diana, a atividade serve como um importante complemento pedagógico. “É uma forma de reduzir esse formato conteudístico, somente focado no vestibular, e promover uma nova forma de aprendizado”, pontua a educadora.