Ex-produtores cobram R$ 5 milhões dos Hawaianos, do hit Joga de Ladin
Segundo a dupla, grupo quebrou um contrato de exclusividade. Ex-empresários dizem ter levantado e investido na carreira dos artistas
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Os ex-empresários do grupo “Os Hawaianos”, conhecido pelo hit “Desenrola, Bate, Joga de Ladin”, cobram na Justiça R$ 5 milhões dos funkeiros por quebra de contrato. Vagner Gomes e Edmar Silva alegam ter alavancado profissionalmente e investido financeiramente na carreira de Tonzão, Dioguinho, Gugu e Dj Bel.
Na última quinta-feira (11/8), a Justiça do Rio determinou que o valor fosse pago aos ex-empresários em um prazo de até três dias. A determinação é da juíza Andreia Florencio Berto, da 6ª Vara Cível da Regional de Jacarepaguá.
“Eles sabem que ninguém queria acreditar neles. Nós acreditamos como amigos e ainda que celebramos o contrato. Como provaríamos todas as dificuldades que passamos para levantá-los? Estamos falando de pessoas que sentávamos para comer hambúrguer, para bater papo na lage. O lema era ninguém ficar para trás. Veja onde eles estão e onde estamos? A justificativa deles é que não queriam mais”, diz Edmar.
De acordo com a dupla, eles assumiram a produção do grupo em 2020, quando os funkeiros manifestaram desejo de retornar as apresentações. Ao serem alertados de que não poderiam usar o nome “Os Hawaianos”, em 2021, os ex-empresários criaram e patentearam o nome “Bonde dos Hawaianos”.
No entanto, alguns meses depois, com o sucesso da banda, foram excluídos de suas funções e viram o grupo retornar com o nome original, abandonando um contrato de exclusividade assumido.
Segundo Vagner, os integrantes do grupo o bloquearam em aplicativos de conversa ainda com uma agenda de shows para cumprir. “Fiquei triste, foi o maior desrespeito do mundo. Falta de caráter, traição e injustiça. Eu frequentava a casa de todos, era amigo de muito tempo do Tonzão”, finalizou.
“Nós não estamos discutindo aqui o direito, estamos executando o direito. Então, três dias pra fazer o pagamento sob pena de penhora e bloqueio de bens. Eles têm 10 dias para recurso, para impugnar essa decisão, para justificar porque que não pagaram. Ou também têm o direito de fazer o parcelamento, pagar 30% agora e dividir o restante em seis parcelas”, explicou o advogado da dupla, Joabs Sobrinho.
O Metrópoles não conseguiu contato com o grupo. O espaço segue aberto para manifestação.