EUA: Matthew McConaughey pede ação contra armas após mortes em escola
O ator discursou na Casa Branca e falou sobre as 19 crianças mortas, além de duas professoras, ao pedir ações contra armamento nos EUA
atualizado
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O ator Matthew McConaughey participou de uma coletiva de imprensa na Casa Branca, nesta terça-feira (7/6), e se emocionou ao falar sobre o tiroteio em uma escola primária de Uvalde, no Texas (EUA). Ele aproveitou para pedir ações do governo americano no controle de armas.
Logo no começo de sua apresentação, o ator falou sobre a vida das 19 crianças e dois professores que morreram na Robb Elementary School.
“Estamos em uma janela de oportunidade agora em que não estivemos antes. Uma janela em que parece que uma mudança real, uma mudança real pode acontecer”, disse McConaughey.
Matthew McConaughey: “These bodies were very different… They needed extensive restoration. Why? Due to the exceptionally large exit wounds of an AR-15 rifle. Most of the bodies so mutilated that only DNA tests or green Converse could identify them.” pic.twitter.com/ARz3wBcxYN
— Justin Baragona (@justinbaragona) June 7, 2022
“Estou aqui hoje na esperança de aplicar a energia, razão e paixão que tenho para tentar transformar este momento em realidade. Porque, como eu disse, este momento é diferente”, completou ele.
O tiroteio
A polícia esperou cerca de uma hora para entrar na Robb Elementary School, em Uvalde, no Texas (EUA) na última terça-feira (24/5), enquanto os alunos ligavam para a polícia pedindo para eles entrarem na sala de aula onde ocorria o massacre que deixou 21 pessoas mortas, incluindo o atirador.
“Por favor, mande a polícia vir agora”, disse uma aluna em uma ligação à polícia, segundo o jornal The Washington Post. Sete minutos depois, ela ligou novamente, quando já havia vários colegas mortos. A polícia seguiu do lado de fora, e a menina seguiu ligando várias vezes.
A primeira ligação para a emergência ocorreu às 12h03. Uma estudante disse em qual sala ela estava, e depois ligou mais diversas vezes durante 13 minutes, e deu à polícia informações detalhadas sobre quantas pessoas já estavam mortas. Às 12h16, ela disse que havia apenas oito ou nove alunos ainda vivos.
Já às 12h19, uma outra estudante ligou, e teve que desligar quando outra pessoa falou para que ela encerrasse a chamada.
Agustina Cazares, avó de duas crianças sobreviventes de oito anos, criticou a demora. “O tempo que eles levaram para agir é inaceitável. Foi apenas graças a Deus que minha família foi salva”, falou ao jornal americano.
O diretor do Departamento de Segurança Público do Texas, o coronel Steven McCraw, admitiu o erro dos agentes, que esperaram no corredor da escola, fora da sala de aula, até que uma equipe tática chegasse, em vez de invadir a sala rapidamente.
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