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Em debate, Emicida critica propostas econômicas de Luciano Huck

O rapper usou da própria história para demonstrar como a desigualdade social impede que jovens negros consigam ascender de classe

atualizado

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Emicida
1 de 1 Emicida - Foto: Jef Delgado/Divulgação

Durante o Papo de Segunda, do canal GNT, o rapper Emicida criticou a burguesia e as ideias de redistribuição de renda sugeridas por Luciano Huck nos últimos anos. O apresentador foi um dos convidados da edição desta semana do programa.

Em seu discurso, o rapper opinou que o sistema capitalista é desigual e atinge principalmente a população negra no Brasil. “Tenho minhas dúvidas quando escuto Luciano falar desse convite ao 1% e da predisposição desse 1% participar da redistribuição de riqueza porque não faltaram conjunturas melhores para que esse 1% participasse da discussão e tomasse as rédeas”, começou.

Na sequência, Emicida criticou a maneira como as classes mais altas são chamadas. “Inclusive não uso a palavra ‘elite’ porque significa o que uma categoria tem de melhor. Se referir a pessoas que têm dinheiro somente como a elite da categoria humana parece que a pirâmide da humanidade é definida pelo acúmulo. A palavra é burguesia. A diferença dessas pessoas para outras é o dinheiro. E várias dessas só têm o dinheiro”, explicou.

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O rapper Emicida
E utilizou da própria história para demonstrar como os casos de sucesso são exceções no  país
"Para cada Emicida que chegou até aqui, quantos vão para a vala?"
O momento aconteceu durante a última edição do Papo de Segunda, do canal GNT
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Emicida criticou a burguesia brasileira em debate com Luciano Huck

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E utilizou da própria história para demonstrar como os casos de sucesso são exceções no país

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"Para cada Emicida que chegou até aqui, quantos vão para a vala?"

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O momento aconteceu durante a última edição do Papo de Segunda, do canal GNT

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O rapper afirmou que as pessoas usam de seu sucesso para criticar seus argumentos, mas utilizou da sua própria história para demonstrar como a ascensão de jovens negros no Brasil é na verdade uma exceção: “‘Ah, mas você é um cara bem sucedido, nasceu num barraco de madeira e hoje tá confortável'”.

“A imagem que me vem na cabeça é: você no penhasco contemplando uma imagem e alguém te empurra. Você se quebra todo, se agarra num cipó, se salva depois de tempos e com uma perna quebrada, perdeu a memória, uma série de desgraças, mas você consegue botar a mão no penhasco de novo. Aí a pessoa que te empurrou diz: ‘tá vendo, fiz isso para mostrar seu potencial'”, completou.

E finalizou: “Essa gratidão que as pessoas tentam impor para pessoas como eu, não houve um cadastro que eu assinasse e dissesse que escolhi esse sistema econômico e queria participar. Nasci dentro dele e tive que me debruçar. E, infelizmente, para cada Emicida que chegou até aqui, quantos vão para a vala? Sacou, mano?”.

Veja o trecho abaixo:

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