Drauzio Varella diz ter sido ameaçado de morte após abraço em detenta
Drauzio Varella causou grande polêmica nas redes sociais após abraçar Suzy Oliveira, presa por estuprar e assassinar um menino de 9 anos
atualizado
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Drauzio Varella revelou ter sido ameaçado de morte após abraçar uma detenta acusada de estuprar e matar um menino de 9 anos. A ocasião foi exibida no Fantástico em 2020 e rendeu comoção, causando, posteriormente, ataques ao médico.
Ao Splash, do UOL, o médico assumiu seu erro e disse que não sabia o crime que Suzy Oliveira, uma mulher trans, havia cometido.
“O erro foi meu, totalmente meu. Eu trabalho em cadeia há mais de 30 anos e nunca na minha vida eu abracei um preso. Não faz parte do relacionamento que eu tenho com eles”, disse o médico.
“Mas ali no Fantástico eu estava como repórter, na verdade. Estava como jornalista, falando daquela realidade. E naquele momento, aquela pessoa que eu não sabia o que tinha feito, que é um princípio básico que eu sempre utilizei e que aprendi com os carcereiros mais velhos, era de que você não pergunta o que a pessoa [presa] fez”, completou.
Drauzio ainda disse que se comoveu com a história de Suzy, e comentou sobre as ameaças de morte que recebeu após a polêmica que o abraço causou:
“E toda essa confusão que foi armada, todos os problemas que enfrentamos, e eu pessoalmente, ameaças de morte, etc. Hoje, quando eu olho para trás, eu lamento o que aconteceu, é claro. Mas isso foi gerado por um abraço […] Isso que é a tristeza, gerar uma coisa tão violenta assim, porque você deu um abraço em uma pessoa”.
Entenda a confusão
Suzy Oliveira foi presa por assassinato e estupro do menino de 9 anos. O abraço de Drauzio na detenta gerou grande polêmica nas redes sociais, e a Globo e o médico chegaram a se desculpar pelo ocorrido.
A família do menino processou Drauzio e a Globo, que foram condenados a pagar R$ 150 mil por danos morais em primeira instância. A emissora recorreu da decisão.
De acordo com o Notícias da TV, a decisão foi reformada em segunda instância e a Globo e Varella ficaram livres de pagar a indenização. O processo corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).