Distrito Drag realiza ato para entrega dos recursos do Calendrag
O propósito é dar visibilidade às artistas da comunidade LGBT de Brasília, sobretudo às drags queens
atualizado
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No próximo sábado (6/4) o Coletivo Distrito Drag realizará um Ato Cultural, um balanço das vendas do Calendrag – lançado no final do ano passado –, e entregar os recursos arrecadados para as duas entidades que serão beneficiadas: a União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais (Ultra) e a Casa Frida. Além disso, o evento contará com muita arte, música e performances de artistas locais. O ato acontece às 19h, no bar La Rubia, na 404 Norte.
O Calendrag é um calendário estrelado por transformistas, que tem objetivos maiores que apenas estabelecer uma noção temporal. O propósito é dar visibilidade às artistas LGBTs de Brasília, sobretudo às drag queens. Parte dos recursos arrecadados com a venda do produto é destinada às entidades que desenvolvem algum tipo de trabalho social com a comunidade.
A primeira edição deu visibilidade aos monumentos e espaços urbanos de Brasília. A Casa Rosa ― espaço de acolhimento à população LGBT em situação de vulnerabilidade ― foi contemplada. A edição atual do Calen Drag homenageou 15 mulheres que deixaram legados de luta, arte e militância política. Dentre as homenageadas estão Frida, Joana D’arc e a vereadora Marielle Franco, que foi capa da obra.
As duas instituições contempladas com os recursos não foram escolhidas por acaso. Ambas desenvolvem, no Distrito Federal, um grande trabalho em defesa da igualdade de gênero. A Ultra pauta sua luta na mobilização social, em parceria com movimentos sociais e sociedade civil em prol da proteção dos direitos da população LGBTI. Já a Casa Frida é um espaço cultural, localizado em São Sebastião, e atua no amparo e acolhimento de mulheres vítimas de violência.
”Um dos nossos maiores objetivos dentro do projeto é contribuir com a comunidade LGBTI, disseminando sua cultura aqui no DF. Todo o trabalho é feito de forma coletiva com grandes parceiros. Ano passado, tivemos uma ótima experiência e este ano não foi diferente. Lançamos nossa arte e conseguimos um retorno financeiro para ajudar outras entidades”, explica Maria Rojava, integrante do Coletivo Distrito Drag.