Disney+ vale a pena? Veja o que esperar do streaming no Brasil
Plataforma da “casa do Mickey” estreia no país em 17 de novembro, um ano após seu lançamento nos EUA
atualizado
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Após um ano de espera, enfim o Disney+ vai chegar no Brasil. Com diversos títulos da Marvel, Pixar, Lucasfilm e National Geographic, além de originais do estúdio, a plataforma da “casa do Mickey” estreia em 17 de novembro e acirra ainda mais o mercado de serviços de streaming no país.
Pouco mais de 12 meses após ter sido lançado nos Estados Unidos, o serviço vai desembarcar no país no momento em que busca se estabelecer como grande concorrente da Netflix. Nas últimas semanas, o CEO da gigante do entretenimento, Bob Chapek, anunciou que a Disney vai passar por reformulação para dar mais foco ao streaming.
Dona de estúdios como Marvel, Pixar e Lucasfilm, a Disney aposta alto na força de seu catálogo para conquistar o consumidor brasileiro. Além dos sucessos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e da Saga Star Wars, a plataforma conta alguns “hits” recentes, como a série The Mandalorian, que ganhará sua segunda temporada em 30 de outubro.
Além disso, a plataforma agora conta com alguns longas que deveriam estrear nos cinemas, mas acabaram se tornando exclusivos do serviço por conta da pandemia de Covid-19, como o live-action de Mulan e Soul, nova animação da Pixar, que chega em 25 de dezembro. Diferente dos EUA, ambos os filmes estarão inclusos no valor da mensalidade no Brasil.
Entre as séries, o Disney+ prepara o lançamento de WandaVision, Falcão e Soldado Invernal e anunciou as produções de She-Hulk, um spin-off de Rogue One e uma série solo de Nick Fury, protagonizada por Samuel. L. Jackson.
Para fortalecer a chegada de seu streaming ao Brasil, a Disney acabou fazendo alguns movimentos que tornam os títulos disponíveis no país exclusivos da plataforma. Com a estreia do Disney+, séries e filmes do grupo deixarão outros serviços como o Amazon Prime Video e a empresa decidiu parar de distribuir lançamentos nos formatos DVD e Blu-ray no país.
Preço
No entanto, com a grande variedade de serviços disponíveis no momento, a exemplo da Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay, somente o catálogo de títulos não tem conquistado os assinantes de primeira e as plataformas têm buscado no valor de suas assinaturas um trunfo para se firmar entre as escolhas dos consumidores.
A partir do anúncio de lançamento no Brasil, começaram a surgir boatos a respeito de quanto custaria o Disney+ em terras tupiniquins – nos EUA o valor é de U$ 6,99 mensais. Diante das especulações sobre a mensalidade, que estaria em torno de R$ 30 por mês, diversos internautas se manifestaram alegando que o preço cobrado seria “caro”.
“Eu queria muito assinar o Disney Plus mas 30 conto??? Mais caro que a Netflix, mano”, escreveu um internauta. “A questão não é qual é o melhor, é o porquê do Disney+ no Brasil ser tão caro, enquanto em outros países não. Por isso não estamos falando de custo-benefício”, opinou um outro.
Com as incertezas a respeito da mensalidade, Diego Lerner, presidente do grupo Disney para a América Latina, disse em entrevista à revista Veja, que a estratégia da empresa é estrear o streaming no Brasil com preço parecido ao cobrado pela Netflix em seu plano básico.
“Cobraremos em moeda local, não em dólar. Vamos estar na faixa de menor preço do Netflix (atualmente, R$ 21,90), porque queremos uma penetração massiva no Brasil”, disse o executivo em entrevista publicada no último dia 10 de outubro.
Originais locais
Um dos problemas que o Disney+ teve para desembarcar no país foi a falta de produções locais em seu catálogo. A Claro chegou a contestar a chegada do streaming no país alegando que isto vai de encontro com a Lei da TV Paga, que estabelece cotas de conteúdos produzidos no Brasil.
No entanto, Lerner adiantou que o serviço deve apostar bastante em produções locais nos próximos anos. “Teremos conteúdos para brasileiros feitos por atores e diretores daqui. Haverá investimento em séries e filmes. O streaming permite que tenhamos essa diversificação”, disse.
“É uma experiência mais rica que a da TV, permitindo oferecer opções como clássicos, filmes em espanhol, filmes de arte. Aliás, tudo que estiver em exibição no Disney+ do resto do mundo ficará disponível no Brasil também”, adiantou o executivo.
Em agosto, o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, revelou que Xuxa poderia ser uma das estrelas da plataforma. Segundo ele, a Rainha dos Baixinhos trabalha para ser a protagonista de um seriado exclusivo do novo canal.