Ao adquirir boa parte da Fox por US$ 52,4 bilhões, a Disney impõe uma mudança radical de paradigma na indústria do entretenimento. Os reflexos reais do acordo só devem ser notados no cinema a partir de 2019, já que o calendário de 2018 já está praticamente definido.
Nos últimos 11 anos, a Disney se tornou dona de três grandes propriedades de entretenimento em outras aquisições bilionárias: Pixar (US$ 7,4 bilhões), Lucasfilm (US$ 4,06 bilhões), selo de “Indiana Jones” e “Star Wars”, e a Marvel Studios, produtora da maior franquia da história do cinema (mais de US$ 13 bilhões arrecadados até “Thor: Ragnarok”).
Mas nada se compara à compra de um estúdio concorrente. As implicações disso afetam, por sinal, o mercado de streaming. A Disney planeja lançar até 2019 um serviço digital para concorrer com a Netflix. Ao engolir a Fox, o estúdio do Mickey também traz para o seu guarda-chuva toda a operação do Hulu, indicativo de que a marca deverá investir em séries originais e conteúdo exclusivo para a internet.
Veja quais franquias e personagens da Fox devem ser incorporados pela Disney:
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X-Men. Já povoado por dezenas de personagens, o universo Marvel licenciado pela Disney deverá ganhar um parrudo reforço com a entrada dos mutantes. Por ora, resta especular o que a Disney fará com o que já está estabelecido ("Deadpool", por exemplo, investe em humor adulto, algo que o estúdio habitualmente despreza). Há chance de um reboot de Wolverine? Vale lembrar que a franquia dos X-Men será rejuvenescida em 2018 com três estreias: "Os Novos Mutantes", "Deadpool 2" e "Dark Phoenix"
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Os heróis tiveram a trajetória mais atribulada na tradução para a linguagem de cinema. Após filmes de recepção morna lançados em 2005 e 2007, eles retornaram em um desastroso reboot no ano de 2015
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"Avatar". O filme de maior bilheteria da história (US$ 2,7 bilhões) tem quatro sequências em diferentes estágios de produção. As próximas continuações serão lançadas em 17 de dezembro de 2020 e 16 de dezembro de 2021. As duas outras chegam em 2024 e 2025. James Cameron, gênio por trás de "Titanic" (1997) e "O Exterminador do Futuro", dirige todas elas. Ainda é impossível prever os planos da Disney para "Avatar". Mas já dá para especular mudanças no calendário, como a volta definitiva de "Star Wars" para o mês de maio. O filme de Han Solo estreia em 24/5 de 2018, por exemplo, um indicativo dessa mudança. Episódio IX começa a ser rodado em junho de 2018 e pode ser lançado em maio de 2020
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"Alien". O que a Disney, tão arredia a filmes rated R (classificação indicativa para maiores de 17 anos nos EUA), pretende fazer com uma das franquias mais sanguinolentas e aterrorizantes do cinema? O xenomorfo retornou em 2017 com "Covenant". Apesar da assinatura de Ridley Scott, diretor de "Prometheus" (2012) e do inaugural "O Oitavo Passageiro" (1979), o filme teve bilheteria e repercussão crítica moderadas. Considerando a pegada nostálgica que o estúdio usou para renovar "Star Wars", não seria absurdo vermos um reboot de "O Oitavo Passageiro" em produção na próxima década
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"Kingsman". Mais uma franquia rated R da Fox que pode representar desafio criativo aos padrões infantis da Disney. A obra de Mark Millar e Dave Gibbons rendeu dois filmes ligeiramente mais baratos que a média de adaptações de HQs e cifras lucrativas: "Serviço Secreto" (2014) e "O Círculo Dourado" (2017)
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"Os Simpsons". Atualmente na 29ª temporada, o popular desenho já dá sinais de que pode estar perto da reta final. A família mais adorada da telinha pode, quem sabe, ganhar reforço no cinema – o único filme baseado na animação foi lançado em 2007
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Séries de TV. Principal concorrente da HBO e Netflix na telinha, a Fox tem um extenso catálogo de seriados populares e cultuados, sobretudo pelo selo "FX", como "Legion" (foto), "Atlanta" e "The Americans". Todo esse acervo deverá estar disponível no futuro serviço de streaming da Disney
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Filmes de "prestígio", oscarizáveis e produções independentes. Bem como todos os grandes estúdios, a Fox também tem selos de distribuição para filmes com temas adultos e propostas que fogem do sistema de blockbuster. A Fox 2000 Pictures é responsável por "Estrelas Além do Tempo" (2016) e "A Culpa É das Estrelas" (2014), enquanto a Fox Searchlight bancou produções recentes como "A Forma da Água" e "Três Anúncios para um Crime", fortes postulantes a vaga no Oscar 2018. A Disney já foi dona da Miramax, ex-produtora de Harvey Weinstein, famosa por lançar longas de Gus Van Sant e Quentin Tarantino, e da Touchstone, marca de filmes "sérios" dirigidos por Steven Spielberg e M. Night Shyamalan
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O diretor tem em seu currículo, filmes como: A Era do Gelo e Rio.
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