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Criadores explicam por que séries como Maníaco do Parque bombam

Marcelo Braga e Maurício Eça, diretor e produtor de true crime, comentam o sucesso do gênero e motivo para a viralização da produções

atualizado

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Márcio Nunes
Foto de Silvero Pereira, em O Maníaco do Parque, da Prime Video - Metrópoles
1 de 1 Foto de Silvero Pereira, em O Maníaco do Parque, da Prime Video - Metrópoles - Foto: Márcio Nunes

Marcelo Braga e Maurício Eça, responsáveis pelos true crimes Maníaco do Parque e A Menina que Matou os Pais, voltam a trabalhar com produções de crimes reais, desta vez abordando o assassinato cometido por Elize Matsunaga, em 2012, e o caso da menina Eloá, em 2008.

“Os sucessos da trilogia do caso Richthofen e do Maníaco do Parque mostraram que estamos no caminho. No início não era essa a intenção, mas já que estamos acertando a mão, vamos continuar e aprimorar mais e mais no gênero. Somos produtor e diretor de entretenimento, já fizemos filmes de comédia, infantojuvenil, eu até com uma temática cristã. Se o true crime tem dado bons resultados, por que não marcar a carreira com estes filmes?”, disse Braga, em papo com o Metrópoles.

Imagem colorida de Marcelo Braga e Maurício Eça usando roupa formal em evento - Metrópoles
Marcelo Braga e Maurício Eça

Mas o que explica o sucesso de tantas produções de true crime? Afinal, os casos reais que tomaram o Brasil e o mundo circulam nos cinemas, nos streamings e nas televisões e, ainda assim, seguem sendo cases de sucesso.

“Acreditamos que discutir e refletir sobre questões sociais, construir roteiros que possam mexer com o coletivo popular fazem parte interesse do ser humano. Entender razões ou o modo como os crimes ocorreram está ligado diretamente ao desejo de grande parte da sociedade, por isso o sucesso deste gênero, seja na ficção ou documentário”, completou Braga.

“É este nosso desafio, escolher casos midiáticos ou que possam realmente instigar a curiosidade humana. Esses casos são um retrato da nossa sociedade, temas não fáceis de tratar, mas que precisam ser levados a discussão”, finaliza.

Novas produções

O assassinato do empresário Marcos Kitano por Elize Matsunaga, em 2012, e o sequestro e assassinato da jovem Eloá, em 2008, vão virar filme. O homicídio do executivo da Yoki, cometido por Matsunaga, será a base para um filme de ficção, cuja intenção é examinar não só o crime em si, como também suas motivações complexas e a cobertura sensacionalista do caso.

No filme, Matsunaga será a protagonista de uma trama sobre amor e vingança, suas complexas motivações que expõe os segredos de um casamento aparentemente perfeito em um julgamento chocante. A produção deve começar as gravações no primeiro semestre de 2025.

O elenco principal está em estágios finais de negociação e será anunciado em breve.

livro elize matsunaga (2)
Elize Matsunaga foi condenada por matar e esquartejar o marido Marcos Kitano Matsunaga

Já o caso Eloá também será a base para um filme de ficção, mas este ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento. Em 2008, a garota de 15 anos foi feita refém pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes, de 22 anos. Depois de cinco dias em cárcere privado, a jovem foi baleada na cabeça e na virilha e não resistiu aos ferimentos.

O crime foi amplamente noticiado e também gerou controvérsias, desde a ação da polícia no caso à própria cobertura da imprensa.

“Quando começamos a fazer true crime entendemos que tínhamos várias restrições jurídicas e mais que tudo devíamos ter muito respeito pela história, pelas vítimas de cada caso… Mas, ao mesmo tempo, entendemos que a ficção tem um poder diferente, pois ela tem certas liberdades que ajudam a criar uma maneira diferente de entender essas histórias”, pondera Eça.

Ponto de vista

No filme do Maníaco do Parque, por exemplo, eles escolhem o ponto de vista de uma jornalista que cobre o caso de Francisco de Assis. “Mais do que ser ficção ou documentário, o que nos importa muito nessas histórias é escolher o ponto de vista a ser contado, de que forma o olhar da história tem força em cada narrativa”, aponta.

“Muitas vezes a maior violência está no não dito, mas mostrado de uma forma criativa e emocional que acho que conseguimos fazer em ambos projetos”, completa Maurício.

Por fim, eles adiantam que já preparam produções sobre outros dois casos reais: “Além do que também daremos passos a frente em relação à forma de contar essas histórias, pois cada projeto desse se torna um desafio muito maior pra nós.”

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