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Diretor do “filmis”, Silvio Guindane diz que Mussum humaniza trapalhão

Mussum, O Filmis estreia nos cinemas de todo o país no dia 2 de novembro com elenco estrelado encabeçado por Aílton Graça

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Divulgação/Festival do Rio
Foto colorida do ator e diretor Silvio Guindane durante a première de Mussum, O Filmis, no Festival do Rio
1 de 1 Foto colorida do ator e diretor Silvio Guindane durante a première de Mussum, O Filmis, no Festival do Rio - Foto: Divulgação/Festival do Rio

Rio de Janeiro — Conhecido dos brasileiros por seus papéis na TV e nos cinema nacionais desde os 13 anos, não é de hoje que o ator Silvio Guindane tem explorado seu talento atrás das câmeras. Agora, o diretor celebra os bons frutos de Mussum, o Filmis, que levou 10 anos para ser finalizado, mas que nasce para o grande público, a partir do dia 2 de novembro, com uma estrada já pavimentada por prêmios e elogios da crítica especializada.

O longa-metragem baseado na biografia Mussum — Uma História de Humor e Samba, de Juliano Barreto, conta a trajetória de Antônio Carlos Bernardes Gomes, desde a infância com a mãe solteira e a irmã caçula no Morro da Cachoeirinha, no Rio de Janeiro, até se tornar um dos ícones da televisão brasileira ao lado de Dedé Santana, Didi e Zacarias, em Os Trapalhões.

Em entrevista ao Metrópoles, durante a première do filme no 25º Festival do Rio, Guindane falou da alegria de humanizar o artista ainda tão presente na memória afetiva dos fãs. “Poder fazer um filme no qual a gente não deixa o publico carente desse Mussum que todo mundo quer ver, e que a gente se diverte, mas que ao mesmo tempo entra na humanidade dele, era para mim o mais importante. Nós não estamos falando só do comediante, mas do menino de 8 anos de idade que ensinou a mãe a ler e escrever, que foi para a aeronáutica porque era a única saída naquela época, que pulava o muro para ir para o samba na Mangueira e do sambista que montou o Originais do Samba”, considera.

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Aílton Graça ganhou o Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado pela interpretação de Mussum
Cena de Mussum, O Filmis
Neusa Borges e Aílton Graça vivem mãe e filho em Mussum, O Filmis
Silvio Guindane diretor de Mussum, O Filmis em première no 25º Festival do Rio
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Cacau Protásio e Silvio Guindane no set de Mussum, O Filmis

Instagram/Reprodução
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Aílton Graça ganhou o Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado pela interpretação de Mussum

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Cena de Mussum, O Filmis

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Neusa Borges e Aílton Graça vivem mãe e filho em Mussum, O Filmis

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Silvio Guindane diretor de Mussum, O Filmis em première no 25º Festival do Rio

Divulgação

Para Silvio Guindane, o lado família de Mussum é o que causa identificação na plateia. “Primeiro a gente descobre o coração dos personagens, e a partir daí a gente vem com a estética. Quando descobri o quão grandioso ele era, eu resolvi fazer um filme grandioso”, afirma. Para alcançar a dimensão do homenageado, o diretor agradece a todo o elenco, que não mediu esforços durante a preparação que antecedeu as gravações.

“O Aílton fez aula de circo durante três meses, teve aula de canto… O reco-reco ele diz que foi na escola de samba, mas não vem com essa, foi comigo, no Mussum [risos]. Um ator que foi para todos os lugares e que mergulhou no personagem. Enquanto a gente estava filmando, toda a equipe sabia que estávamos fazendo uma coisa grande. Foi um jogo de parceria, amizade e confiança para contar a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes”, explicou emocionado.

Além de Aílton Graça no papel principal, a produção conta com Cacau Protásio e Neusa Borges, que interpretam, em fases diferentes, a mãe do humorista, Malvina.

Colecionando prêmios

Silvio Guindane já experimentou a sensação de reconhecimento do público durante  a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, quando o longa dirigido por ele levou seis Kikitos, incluindo o de Melhor Filme pelo Júri Popular e Melhor Ator para Aílton Graça.

“Tem uma hora que o filme não é mais nosso, é do espectador, do taxista, da mãe. Alguns filmes ficam, e eu tenho a leve impressão que ele vai permanecer, assim como a figura do Antônio Carlos Bernardes Gomes ficou nas nossas vidas e no nosso incosciente. É um filme que fala de amor, família, de possibilidades, de mulheres no comando, que questiona preconceitos sem ser piegas, e, principalmente, sobre sonhos”, conclui Guindane.

*A repórter viajou a convite da produção do Festival do Rio.

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