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Diretor de série constrói trajetória de Anderson Silva para inspirar

Anderson Spider Silva, que conta a história do lutador, estreou na Paramount+no dia 16 de novembro e está no topo das séries mais assistidas

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Foto colorida da série documental Anderson Spider Silva - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da série documental Anderson Spider Silva - Metrópoles - Foto: Divulgação

Anderson Spider Silva, série que conta a história de um dos maiores nomes da história do MMA, estreou na Paramount+ no meio de novembro e segue em alta. A produção conta como o lutador cresceu, tornou-se professor de artes marciais e conquistou uma carreira sólida no UFC, maior organização do esporte no mundo.

Em entrevista ao Metrópoles, Caíto Ortiz, diretor da obra, explicou porque escolheu William Nascimento para viver o esportista, os maiores desafios das gravações e como fez para que as lutas ficassem atrativas aos espectadores.

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Ele contou que os olhos de William Nascimento, que vive o lutador, chamou muito a sua atenação
William Nascimento interpreta o Anderson Silva em seu auge, quando foi campeão do peso-médio do UFC
Enquanto isso, Bruno Vinícius foi o responsável por viver Anderson Silva jovem
Ele mostrou como o lutador sofria bullying e foi crescendo nas artes marcias
Seu Jorge deu vida ao tio de Anderson Silva
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Caíto Ortiz é o diretor da série Anderson Spider Silva, da Paramount+

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Ele contou que os olhos de William Nascimento, que vive o lutador, chamou muito a sua atenação

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William Nascimento interpreta o Anderson Silva em seu auge, quando foi campeão do peso-médio do UFC

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Enquanto isso, Bruno Vinícius foi o responsável por viver Anderson Silva jovem

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Ele mostrou como o lutador sofria bullying e foi crescendo nas artes marcias

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Seu Jorge deu vida ao tio de Anderson Silva

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O homem incentivou o jovem a seguir na luta

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William Nascimento durante uma luta de Anderson Silva

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Caíto. que assinou filmes como Motoboys_Vida Loca e a episódios da série Coisa Mais Linda (Netflix), reconhece que ficou animado com a possibilidade de comandar a cinebio de um dos atletas mais conhecidos do país, porém, também sentiu o peso da responsabilidade: “É uma missão muito dura. Porque, na minha experiência, esse ator que faria o Anderson Silva era muito difícil de achar e tinha  certeza de que esse cara não existia no espectro dos atores”.

A dificuldade em questão era conseguir um artista capaz de viver o auge de Anderson Silva, um período recheado de vitórias e cinturões na categoria peso-médio do UFC. Além dos aspectos físico,  o ator também precisaria imprimir o carisma do atleta, uma de suas marcas registadas.

“Eu nunca tinha visto um ator que tivesse a força física, o carisma, fosse bom e que pudesse interpretar o Anderson Silva no auge. Então eu acho que esse foi para mim o momento mais delicado, a parte mais difícil da missão”, pondera o diretor. A dúvida acabou quando ele conheceu William Nascimento. O artista conquistou a vaga graças au atributo.

“Os olhos dele. O Willian tem uns olhos super expressivos. E essa parte (mostra ombro e peito) do William aqui, pescoço longo, braço muito forte. Mas ele tinha uns olhos…”, avalia Caíto. A escolha “salvou” a série e também a vida do ator, que, na ocasião, fazia trabalho de Uber para complementar a renda.

Para o diretor, o caso de William é um exemplo dos dilemas que artistas negros sofrem: “É uma questão de oportunidade mesmo. A gente tem um país que tem menos oportunidades para atores e atrizes pretas e pretos, e narrativas e histórias que saem um pouco da métrica da mesmice do homem preto com arma na mão e da mulher sexualizada”.

Importância da série sobre Anderson Silva

É, justamente no ponto da representatividade, que está a importância de Spider, segundo Caíto. O astro do MMA transborda a questão esportiva e toca em diversos pontos da realidade brasileira.

“Os meninos e meninas que vêem o caminho que é contado na série sentem que é mais possível trilhar esse caminho. Quando você só vê o cara lá no panteão sagrado, você fala: “Pô, eu nunca vou chegar”. Mas quando a gente conta a história que ele era um menino de 15 anos, que sofria bullying na escola, que começou a fazer uma aula de taekwondo do jeito que deu e virou professor, você recria o passo a passo, parece que as coisas ficam mais possíveis de chegar”, analisou.

Além do aspecto social, Caíto teve que encarar um desafio: tornar as lutas interessantes para o audiovisual. “Quando você filma esporte de alta performance, normalmente se cai nessa pegadinha. Porque alta performance boa é o Romário fazendo gol, é o Ronaldo arrancando, o ator que vai fazer o Ronaldo não tem a mesma força física e daí você tem que filmar de outras maneiras”, explica.

O primeiro passo foi entender quais lutas eram importantes para a história mostrada no seriado. Por isso, o primeiro episódio se foca em como Anderson Silva desejava tomar sorvete na luta contra Chael Sonnen: um elemento narrativo que não é o combate em si, mas resume a personalidade do Spider.

“A gente achou cinco lutas que eram muito importantes para contar e a minha vontade desde o começo era não filmar uma luta muito bem coreografada, no sentido de contar exatamente o que aconteceu, mas ser muito mais sensorial, trabalhando as sensações”, conclui.

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