De romance a ficção: lançamentos de livros para ler em agosto

Novos livros, com histórias inéditas e personagens instigantes, chegam às prateleiras, físicas ou on-lines, todos os meses. Neste mês de agosto não é diferente: editoras lançam novas obras de todos os gêneros, para as mais diversas idades e gostos.

A Intrínseca, por exemplo, traz o sucesso Impostora: Yellowface, da escritora sino-americana R.F. Kuang, um dos maiores nomes da literatura de fantasia. Já a Globo Livros traz a obra O Mito do Mito, livro inédito assinado por Rita Lee, que morreu em 8 de maio de 2023, aos 75 anos.

Separamos livros que merecem destaque neste mês de agosto. Confira:

Impostora: Yellowface, de R.F. Kuang (ed. Intrínseca)

As escritoras June Hayward e Athena Liu se formaram em Yale e publicaram seus romances de estreia na mesma época. Tudo indicava que chegariam juntas ao estrelato, mas, pouco depois da graduação, Athena começou a colher louros literários, enquanto June recebeu apenas migalhas de reconhecimento. Afinal, ninguém aguenta mais ler histórias de mulheres brancas ― ao menos é o que June pensa.

Quando Athena morre em um estranho incidente, June decide que chegou seu momento de brilhar. Por impulso, ela rouba o manuscrito do novo livro da amiga, uma obra experimental sobre a relevância dos trabalhadores chineses durante a Primeira Guerra Mundial.

O Mito do Mito, Rita Lee (ed. Globo Livros)

O mito do mito é uma obra que Rita Lee começou a escrever em 2005 e a engavetou. Em 2019, a autora finalizou o texto, caso da protagonista, que é a própria Rita. Ela, então, decidiu lançá-lo, mas com uma condição: que fosse postumamente. “Não quero ninguém me perguntando de meras coincidências com fatos ou pessoas reais. Escritora‐mistério”, escreveu no livro.

Amar é Assim, de Dolly Aderton (ed. Intrínseca)

Andy ama Jen. Jen amava Andy. E ele não consegue entender por que ela parou de amá-lo. Aos 35 anos, o humorista sente que deveria ter tudo sob controle, mas, após ser chutado pela única mulher que amou de verdade, percebe que já faz uma década que espera sua carreira decolar, e agora ainda está morando de favor na casa dos melhores amigos. Como pode a vida de todos ao seu redor estar tão bem quando a dele simplesmente parece uma grande piada?

À deriva em um mar de desgosto e nostalgia, Andy fica obcecado em entender por que seu relacionamento chegou ao fim. Afinal, se descobrir o que deu errado, talvez Jen volte para ele ― e, nesse meio-tempo, ele ainda consiga colocar o resto da sua vida de volta nos eixos.

Amor (Depois) da Minha Vida, de Kirsty Greenwood (ed. Paralela)

Delphie Bookham está morta de vergonha. Na verdade, ela está morta mesmo. Como se não bastasse ter acabado de morrer engasgada com um hambúrguer de micro-ondas, Delphie ainda está usando sua pior camisola, um trapo velho com a frase “Chegou a hora de brilhar, querida!”, na frente do homem mais gato que já viu. E ele está sorrindo para ela.

Quando começam a conversar, ela esquece tudo ao seu redor. Quer dizer, até alguém gritar que houve um grande erro e enviar o desconhecido bonitão de volta para a terra. A jovem estava até pensando que sua sorte seria diferente no além-vida, mas era bom demais para ser verdade.

As Árvores, de Percival Everett (ed. Todavia)

Money, no Mississippi, é uma cidade pequena e pacata (além de racista) no Sul dos Estados Unidos. A aparente tranquilidade da cidadezinha e de seus moradores é, de repente, abalada por uma série de assassinatos brutais e incompreensíveis. Em cada cena do crime, uma imagem se repete: um homem negro, que aparenta estar morto há anos, segura uma parte do corpo da suposta vítima. Considerado culpado pelo assassinato, o cadáver dele é levado para ser identificado, mas misteriosamente desaparece, até reaparecer no crime seguinte.

O cadáver da história lembra Emmett Till, adolescente linchado em 1955, na mesma cidade de Money, num crime de racismo que se tornou um marco da luta por direitos civis nos Estados Unidos. Não por acaso, os mortos do romance são membros da família envolvida neste linchamento. Assim, dois detetives estaduais são enviados à cidade, mas encontram resistência da polícia local e, é claro, da população — a exemplo dos mortos, os moradores não são exatamente defensores da equidade racial.

A Contadora, de Freida McFadden (ed. Record)

Vinte minutos. É o tempo de atraso de Dawn Schiff no escritório da Vixed, empresa de suplementos onde trabalha como contadora. As pessoas a consideram estranha: não consegue entender ironia, parece nunca saber a coisa certa a dizer, tem uma obsessão por tartarugas e seu dia é perfeitamente cronometrado. Chega exatamente às 8:45 todos os dias, sem exceção.

Isso é o suficiente para preocupar sua colega do cubículo ao lado: Natalie Farrell, uma mulher carismática e a melhor vendedora da Vixed por cinco anos consecutivos. A situação piora quando ela atende uma ligação anônima e perturbadora na mesa de Dawn.

Agora, Natalie está irremediavelmente ligada à contadora quando se vê presa em um jogo de gato e rato que a leva a se perguntar: você realmente conhece a pessoa que trabalha do seu lado? Mas uma coisa é certa: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para matá-la.

Chama de Ferro, de Rebeca Yarros (ed. Planeta Minotauro)

Todos esperavam que Violet Sorrengail morresse durante seu primeiro ano no Instituto Militar Basgiath… inclusive ela própria. Mas a Ceifa foi apenas o primeiro teste, cujo objetivo maior era eliminar os mais fracos, os considerados indignos e os mais azarados.

No entanto, agora começa o verdadeiro treinamento, e Violet já se pergunta como – e se – vai conseguir sobreviver. Não apenas porque o processo é extremamente exaustivo e repleto de armadilhas, ou porque cada etapa é projetada para levar os novos cavaleiros aos limites da dor e do sofrimento, mas pelo novo vice-comandante, que parece ter como missão pessoal convencer Violet de que ela jamais será capaz de controlar suas habilidades extraordinárias… a menos que traia o homem que ama.

Apostando no Amor, de Lynn Painter (ed. Intrínseca)

Bailey e Charlie não poderiam ser mais diferentes. Ao se mudar para Nebraska após o divórcio dos pais, Bailey Mitchell conhece Charlie Sampson no aeroporto ― um garoto lindo e muito implicante que não para de puxar assunto. Para piorar, eles sentam juntos no mesmo voo, e ela não tem um segundo de paz.

Dois anos depois, eles se reencontram por acaso no cinema, e Charlie continua o oposto de Bailey, uma garota de dezesseis anos certinha que gosta de agradar às pessoas e planejar cada detalhe da vida. Um ano mais tarde, o universo tem uma surpresa: agora eles são colegas de trabalho. Apesar de não se suportarem, dessa vez os dois começam a conversar. E Bailey percebe que algo mudou: Charlie parece menos cético e… mais bonito.

Quando reparam que está rolando um clima entre dois colegas de empresa, eles decidem fazer uma aposta. Charlie acredita que homens e mulheres não podem ser só amigos. Mas Bailey quer provar que ele está errado.