De Ainda Estou Aqui a ficção de cura: 10 livros para ler em novembro
Confira 10 livros para conhecer em novembro. Separamos obra dos mais diversos gêneros, desde ficção de cura à literatura política
atualizado
Compartilhar notícia
A healing fiction, ou ficção de cura, vem conquistando o público e se tornando sucesso de vendas no mercado editorial. Neste ensejo, Matt Haig, famoso pelo livro A Biblioteca da Meia-Noite, lança A Vida Impossível (ed. Bertrand Brasil), que conta a história de uma professora aposentada de matemática que, depois de passar por alguns períodos de luto, se vê sem propósito e em depressão.
Elencando a lista de mais vendidos desde 2022 e ícone das redes sociais com suas histórias reflexivas, Haig traz, em seu novo livro, várias referências à sua história pessoal, como a depressão sofrida durante a juventude.
Este é um dos tantos livros disponíveis em novembro para os apaixonados por literatura, ou até para quem deseja conhecer mais do universo literário mundial. Para te ajudar, separamos 10 livros para você conhecer no decorrer do mês.
Confira:
1. Árido: Histórias de Outras Vidas Secas, de Ana Paula Lisboa, Cristhiano Aguiar, Fabiane Guimarães, José Falero e Tanto Tupiassu (ed. Rocco)
Árido traz contos que percorrem diversos cenários e temas intensos. Entre eles, a tocante história de um menino de rua que, à beira de uma estrada desolada, clama por ajuda aos passantes, simbolizando a vulnerabilidade e o abandono em um país de contrastes, na visão de José Falero.
2. Âmago, de Camilla Coelho (ed. Patuá)
Dentro de casa é um lugar seguro. Na festa com os amigos, um lugar seguro. No ônibus, um lugar seguro. Na rua, cuide-se apenas ao passar por becos escuros. Eles dizem. Você nasce, cria corpo, cria vida, respira e vai. É o que tem que ser. Mas até onde ir, que roupas usar, como fugir do destino de não ter destino, como sobreviver à rotina que censura, assedia, prende. Como idealizar o novo se o passado te assombra? Afinal, “o que é ser mulher?”. Para chegar ao cerne da questão, a autora revela a infinitude invisível da violência contra as mulheres.
3. Garras, de Lis Vilas Boas (ed. Rocco)
Garras conta a história de Diana de Coeur, uma bruxa rica atrás de vingança, e Edgar, um lobisomem mafioso de periferia disposto a tudo pela própria família. Passada numa cidade fictícia inspirada no Rio de Janeiro dos anos de 1920, a trama acompanha como essas duas pessoas entram num acordo de casamento de conveniência para alcançarem seus objetivos e acabam descobrindo que há mais do que poder e dinheiro em jogo.
4. Nada Disso é Verdade, de Lisa Jewell (ed. Intrínseca)
Alix Summer, uma popular apresentadora de podcast, decide comemorar seu aniversário de 45 anos num badalado pub local. Josie Fair, uma mulher discreta, também vai celebrar seu aniversário de 45 anos no mesmo lugar. Elas não têm nada em comum, exceto pelo fato de terem nascido no mesmo dia. Depois de se encontrarem novamente, Josie faz um pedido inesperado: ela quer que Alix transforme sua vida em um podcast.
Com uma história perturbadora, Alix não consegue resistir à tentação de mergulhar na vida dessa mulher intrigante. Antes que Alix perceba, Josie entra em sua vida — e em sua casa. Agora Alix não consegue parar de pensar em todas as coisas horríveis que Josie lhe contou. E na pergunta que não quer calar: será que nada disso é verdade?
5. O Cochilo de Deus, de Raïssa Lettiére (ed. Faria e Silva)
Palavras, criação e o sobrenatural. Três enigmas que caminham juntos desde que o mundo é mundo. Raïssa Lettiére tem uma teoria sobre por que é assim. Em O Cochilo de Deus, ela coloca seu texto a serviço dos personagens, e eles, cada um a seu modo, deitam e rolam com a voz da autora. Enquanto Raïssa se fragmenta em homens, mulheres, cães, jovens, velhos, adolescentes e crianças que viajam entre diferentes países e períodos históricos, nós, leitores, somos chamados a entrar em um emaranhado de histórias que se conectam misteriosamente.
6. Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva (ed. Alfaguara)
Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras.
“Missão cumprida”, diz Marcelo Rubens Paiva sobre Ainda Estou Aqui
Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento obscuro da história recente brasileira para contar ― e tentar entender ― o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.
7. De Onde Eles Vêm, de Jeferson Tenório (ed. Companhia das Letras)
Órfão, tendo que cuidar da avó doente, desempregado e sem dinheiro, Joaquim busca a todo custo manter seu amor pelos livros e pela literatura. Romance de formação de um leitor, este é o retrato de uma jornada feita de obstáculos num momento em que políticas para amenizar desigualdades eram vistas como problema, não como possibilidade de solução.
8. Um Animal Selvagem, de Joël Dicker (ed. Intrínseca)
Em 2 de julho de 2022, dois criminosos assaltam uma grande joalheria em Genebra. Eles planejaram uma ação rápida e objetiva. No entanto, esse está longe de ser um roubo qualquer.
Vinte dias antes, às vésperas de completar 40 anos, a linda Sophie Braun toma café da manhã em sua luxuosa propriedade margeada por um bosque. Casada com um homem maravilhoso e mãe de dois filhos, tem uma vida que parece perfeita. Mas seu mundo idílico está prestes a desmoronar ― a começar pelo marido, que esconde segredos.
9. Fim, de Fernanda Torres (ed. Companhia das Letras)
Álvaro vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos – mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer.
10. Neca: Romance em Bajubá, de Amara Moira (ed. Companhia das Letras)
Neste livro inteiramente escrito na língua das bichas, uma travesti reencontra um antigo amor, anos mais jovem, que está começando a trabalhar nas ruas. Enquanto entrelaça conselhos e lembranças, ela rememora suas aventuras como prostituta no Brasil e na Europa; fala sobre o que descobriu e conheceu sendo puta; recorda o que desejava ser e sonha com o que poderia ter sido.